Pílula biográfica: Cátia de França, acordeonista e compositora de todas as religiões

Cátia de França é uma paraibana nascida em João Pessoa. Nasceu católica, estudou em escola protestante, fez primeira comunhão, foi catequista, na adolescência virou adventista e, mais tarde, foi “feita” no terreiro de candomblé. Obrigada pela mãe a aprender piano e violão e, pelo pai, acordeon, com menos de 20 anos, Cátia já tocava muito bem. Cátia era lésbica assumida, apesar de, naquela época, não ser de bom tom levantar o assunto nas rodas de conversa com nordestinos mais machistas. Não era exatamente o caso de vários amigos que adoravam Cátia e apoiavam sua carreira, entre eles Vital Farias e Pedro Osmar.

No seu álbum Frevo Mulher, Amelinha incluiu a faixa Coito das araras, de Kátia de França (que na época assinava com K). Cátia tocou na banda de Zé Ramalho, chegou a gravar em disco de Elba Ramalho e, em 1979, foi apadrinhada por Zé e o produtor Carlos Alberto Sion: os dois convenceram o diretor artístico da gravadora CBS a apostar na paraibana e produziram juntos o disco 20 Palavras ao Redor do Sol, de Cátia. Esse foi o momento em que ela passou assinar seu nome com C e pôde, além de se assumir como violonista, largar um pouco o acordeon e colocar suas composições para fora.

2 thoughts on “Pílula biográfica: Cátia de França, acordeonista e compositora de todas as religiões

  1. Conheci Cátia de França na década de 1970 em torno dos grupos de teatro de Luiz Mendonça. Gosto muito dela. Mas sempre achei que, como nome artístico, o nome original dela ficaria melhor ainda: Catarina de França! 🙂

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