Ana Carolina, Pitty, Fernanda Takai, Zélia Duncan, Vanessa da Mata, Tulipa Ruiz, Mart’Nália e tantas outras… O que pensam essas mulheres, quais são suas inspirações, o que as move em direção à composição? O que, afinal, elas falaram e ainda querem falar que não foi dito pelos homens? Essas e outras são questões, elas mesmas responderão na série Mulheres do Brasil, que estreia nesta quarta-feira (10/09), às 23h30, no Canal Bis. Em cada episódio do programa, que vai ao ar toda semana – com reprises nas quintas (18h30), sextas (9h30), segundas (6h30) e terças-feiras (13h30) – uma cantora e compositora mostra sucessos de sua autoria e fala sobre o processo de composição das músicas e sobre o que significa cantar suas próprias canções.
Ana Carolina é a primeira convidada. Mineira de Juiz de Fora, ela conta sua trajetória como compositora desde quando chegou ao Rio (trazendo um CD demo com suas interpretações de clássicos da música brasileira e apenas uma canção de sua autoria) e assinou contrato com a gravadora BMG, época em que tocava timidamente poucas de suas composições em shows que apresentava como intérprete de músicas de Chico Buarque e outros. A “cantautora” relembra o dia em que, conversando com o diretor artístico da gravadora BMG, Jorge Davidson, soube que ele tinha a intenção de mostrar sua leitura de Retrato em Branco e Preto a Chico Buarque e sentiu-se envergonhada. E comenta que o maior prazer foi poder ter composto A Resposta da Rita (com Edu Krieger) e contado com Chico gravando com ela no disco mais recente, #AC.
Ana Carolina conta sobre a primeira composição que trouxe em uma demo ao Rio de Janeiro, Trancado, e dá uma palhinha da música sozinha, ao violão. Durante o episódio, ela ilustra outras histórias com outras canjas, como a de Leveza de Valsa, uma parceria dela com Guinga, e Carvão, música só sua. Ana Carolina comenta ainda seu processo de composição, revela que tem dificuldade de fazer música sozinha e adora parcerias e conta também sobre suas parcerias com Antonio Villeroy, primeiro parceiro e o mais constante, e Edu Krieger, que chegou há pouco tempo em sua vida (e processo de composição), mas já ocupou um espaço importante: ele tem algumas músicas com ela no CD #AC. Perto do fim, ela revela que não se sente bem com a denominação “cantora”, porque atua também como instrumentista e compositora, e afirma que é uma “cantautora”.
A direção artística de Mulheres do Brasil é de Jorge Davidson e a direção de vídeo, de Bernardo Palmeiro. A produção fica por conta de Bené Benevides e Lana Palmer e as entrevistas e o roteiro, de Christina Fuscaldo. Carol Crispim é responsável pela pesquisa de conteúdo e Pedro Paiva, pela fotografia. Criado com exclusividade para o programa, o cenário de Joana Passi nos remete a uma sensação de suspensão no infinito, como se a “cantautora” estivesse suspensa em um espaço, podendo viajar por todos os caminhos da composição.
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