No dia 19 de abril de 2021, Roberto Carlos vai completar 80 anos ganhando três presentes, em sua concepção, “de grego”. Estão previstos para o mês da celebração os lançamentos dos livros “Roberto Carlos, outra vez” (Record), de Paulo Cesar de Araújo, “Roberto Carlos: Por isso essa voz tamanha” (Todavia), de Jotabê Medeiros, e “Querem acabar comigo: Da Jovem Guarda ao trono, a trajetória de Roberto Carlos na visão da crítica musical” (Máquina de Livros), de Tito Guedes. Três livros sobre (e de presente para) o artista que, entre todos que quiseram impedir o trabalho de pesquisadores biógrafos, foi o mais radical em sua tentativa de apagar da história a sua própria história. Na época, eu era repórter do jornal Extra e participei da coletiva de imprensa em que, ao ser perguntado sobre o que achou da recém-lançada biografia, Roberto respondeu: “Não li e não gostei!”. Hoje, depois de três livros lançados, um mestrado e um doutorado, virei uma defensora ferrenha de nós mesmos, pois, com nossos trabalhos de pesquisa, só estamos contribuindo para a manutenção da memória da música brasileira.
Assim começa o artigo deste mês publicado pelo Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB).