A composição é um espaço de imersão intimamente ligada ao viver. Quando se trata de mulheres que criam, reforçando temas femininos, temos a música assumindo o compromisso de fazer política, ultrapassando as fronteiras de gêneros e mostrando que o subalterno pode falar em um mercado dominado por um conservadorismo machista. Por séculos, criar não era para elas. Até que, depois de fenômenos como Chiquinha Gonzaga, Maysa e Dolores Duran, os anos 1960 começaram a abrir espaço para essas artistas. Uma delas foi Martinha, primeira cantora a se destacar no rock brasileiro como compositora, mais especificamente no programa Jovem Guarda, que marcou a explosão da segunda onda do ritmo no Brasil, ditando moda e inspirando outras mulheres.
Assim começa o artigo deste mês publicado pelo Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB).