Pílula biográfica: No dia em que o prato-e-faca virou tópico nas redes, apresentamos Edith do Prato a quem não conhece

Posted by Chris Fuscaldo Category: Garota FM

No dia em que o prato-e-faca virou tópico nas redes, gostaria de apresentar aos que não sabem que os utensílios são usados como instrumento de percussão desde pelo menos o final do século XIX, no Recôncavo Baiano, e simulam – com alguma especificidade – o som do reco-reco. E, entre outros sambistas, chegou a ter seu nome mudado uma cantadeira de samba-de-roda nascida na mesma cidade onde nasceu Caetano Veloso, que teve sua live criticada por uma resenha da revista Rolling Stone porque o filho, Moreno Veloso, usou um prato e uma faca para fazer uma percussão que acompanhasse o ritmo leve do show ao vivo do pai, transmitido pela Globoplay. Dona Edith do Prato, de Santo Amaro da Purificação (BA), teve projeção nacional e faleceu em 2009.

Edith Oliveira Nogueira nasceu em 1916. “Cantora, percussionista e festeira inveterada, Edith é hoje reverenciada como uma das riquezas da cultura baiana e grande dama do samba de roda do recôncavo”, diz o site Mulher 500 Anos Atrás dos Panos: “Com timbre peculiar, entoa samba-de-roda como ninguém, raspa a faca no prato com maestria, numa cadência tão peculiar que esta prática lhe valeu o nome artístico. Sua estréia artística ocorreu no início dos anos de 1970 quando os cantores e compositores César e Roberto Mendes a levaram para participar com eles em um espetáculo em Feira de Santana (BA). A coroação do seu talento aconteceria anos depois quando no teatro Castro Alves, em Salvador, BA, dividiu o palco e os aplausos com Caetano Veloso (de quem foi ama de leite), Chico Buarque e MPB4.”

Não precisamos dizer mais nada a quem criticou o prato-e-faca de Moreno Veloso, né?

 

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