Assim que Nando Reis e os Infernais – com mais músicos do que o normal – entraram no palco do Vivo Rio (RJ), neste sábado (22/02), pareceu que o show seria focado nas músicas do álbum mais recente, “Sei”. A primeira faixa, “Pré Sal”, foi a que ajudou a abrir os trabalhos na casa de shows do Rio junto com “Sou Dela”. Logo depois, veio “O Que Eu Só Vejo em Você”. Mas foi só esquentar um pouquinho que os hits mais antigos começaram a aparecer. E aí, quando o público se deu conta, já tinham se passado duas horas de puro rock’n’roll, com direito a sucessos dos Titãs, parceria com Marisa Monte, menções a músicas de Tim Maia e, claro, as canções que eternizaram a amizade com Cássia Eller. Nando ainda deu dez minutos de bônus para a plateia que compareceu ao show de lançamento do DVD “Sei Como Foi em BH”.
Marcado para 22h30, o show começou com apenas 15 minutos de atraso (salve, Vivo Rio!). “As Coisas Tão Mais Lindas” (sucesso na voz de Cássia), “Não Vou me Adaptar” (hit dos Titãs) e “Onde Você Mora”(parceria com Marisa Monte gravada pela banda Cidade Negra) fecharam um bloco. Nando parou para falar e falou um bocado. Não tanto quanto de costume, mas falou umas coisas meio misturadas (casamento, parceria com Samuel Rosa etc). “Tô falando pra caralho, mas é isso mesmo!”, brincou antes de entoar a canção que escreveu com o líder do Skank: “Ali” foi gravada pela banda mineira no álbum “Maquinarama”, em 2000.
Do disco “Sim e Não”(2006), Nando resgatou “N”. Em seguida, emocionou a plateia ao tocar “Relicário”, um dos maiores sucessos de Cássia Eller. Acompanhado dos inspirados Os Infernais (guitarra, baixo, bateria e teclado), de um naipe de metais e duas backing vocals, o músico citou trechos de “Gostava Tanto de Você”, de Tim Maia. O Síndico foi lembrado novamente, só que com frases de “Primavera”, durante “Por Onde Andei”. Antes de sensibilizar a plateia com outros hits de Cássia, Nando fez uma homenagem a uma jovem parceira de gravação: Roberta Campos.
“Quando eu saí dos Titãs, falavam que eu estava tocando música do Cidade Negra… É lindo ver sua música adquirir autonomia… Curiosamente, tenho vivido a situação inversa. Acham que ‘De Janeiro a Janeiro’ é minha. Quero devolver a música pra Roberta pedindo pra que vocês façam o dueto comigo”, disse.
E toda a primeira estrofe da música ficou a cargo do público, que não errou uma palavra e ainda seguiu com ele durante todo o resto da composição da artista mineira. Para trazer o pessoal de volta do transe, Nando tocou a menos conhecida “Luz Antiga”, também do álbum “Sei”. E contou que, quando era vizinho de Cássia Eller em Laranjeiras, sentia “um grau de pertencimento” ao local porque tinha cabelo laranja. E, com “All Star” e “Segundo Sol” (não nessa ordem), juntou casais que lotavam a pista. Entre uma e outra, resgatou “Pra Você Guardei o Amor”, canção que gravou com Ana Cañas no seu disco “Drês” (2009).
Com “Os Cegos do Castelo” (sucesso dos Titãs), “Por Onde Andei” e a animadíssima “Do Seu Lado” – música que levanta qualquer um nos shows de Nando e do Jota Quest – o rock star de chapéu de cawboy alcançou as duas horas de palco. Cansado de fazer papel de bobo (e ficar fingindo que não sabe que o bis é ensaiado), o público não gritou “bis”, mas ficou com o olhar fixo no palco, aguardando a volta do músico. E Nando voltou tocando “Espatódea” sozinho, ao violão, enquanto a banda ia voltando e entrando na música.
O guitarrista Walter Villaça usou uma blusa com nomes de músicas de Jimi Hendrix (“Purple Haze”, “Voodoo Chile”, “Little Wing”e outras). O tecladista Alex Veley solou em “Marvin” como se tivesse uma guitarra nos braços. Nando fez poses de Mick Jagger em alguns momentos e, em especial, durante o hit final. Disfarçado de MPB, o show foi de puro rock’n’roll.
Nando é danado! Você escreve muito bem Christina Fuscaldo!!!!! Esse site é muito bommmmm!!!! Abraços!!! Kadinho!
Olá, Kadinho!
Obrigada pelo elogio! Volte sempre para nos ler!!!
Abs