Com a mesma elegância com a qual se vestiu para ir à segunda edição do Prêmio Contigo! MPB FM de Música, na noite desta segunda-feira (19/08), Caetano Veloso subiu ao palco do Miranda (RJ) três vezes para receber os troféus de melhor Álbum de MPB por “Abraçaço”, melhor Cantor e melhor Música, também por “Abraçaço”. Nos trinques com seu belo terninho listrado, o baiano disse que ainda está aprendendo sobre o disco – e agradeceu ao lado de Mariana Aydar por estar ganhando uma “pista mais otimista sobre ele” – e depois, ao receber o troféu das mãos de Baby do Brasil, comentou que o prêmio de cantor deveria ser dedicado à sua banda Cê, formada por Pedro Sá, Marcelo Callado e Ricardo Dias Gomes. “Eu ganhar como cantor parece uma piada”, declarou, arrancando gargalhadas da plateia. Diogo Nogueira entregou o prêmio de melhor música e viu Caê esbanjar mais humildade: “Eu pensei que nem tinha feito essa canção, quando entrei no estúdio!”
Caetano Veloso foi o maior vencedor da noite, seguido por Ana Carolina, que recebeu de Lenine e Diogo Nogueira, respectivamente, os troféus de melhor Cantora e de melhor Música por “Combustível” segundo o júri popular. Menos elegante, porém tão natural quanto o músico, Ana Carolina foi mais efusiva nos agradecimentos. À vontade para se soltar e opinar ficou também a apresentadora da noite, Leandra Leal, que chegou a declarar que Gilberto Gil é “foda” (“Você é foda! Você foi o ministro mais foda que a gente teve!”), quando o ex-ministro levou de Paula Toller o troféu de melhor DVD por “Concerto de Cordas e Máquina de Ritmo”, e se derreteu todas as vezes que um tropicalista era mencionado ou subia ao palco. Mais nervosa no início, Leandra contou a fofa história de sua relação com a música, iniciada no teatro Rival, do qual sua mãe é diretora há anos: “Lembro de ver coisas lindas naquele palco. Lembro de ver Luiz Melodia e ficar impressionada com a voz dele. No meu aniversário, Elza Soares cantou parabéns pra mim. É uma das memórias mais lindas que tenho. Minha mãe disse que não teve a sorte de nascer afinada, mas por vingança foi trabalhar com música. Eu já produzi shows, dirigi clipes e pude interpretar uma cantora na TV. Fui a Rosário em ‘Cheias de Charme’.”
Cada uma das 13 categorias anunciadas tinham cinco finalistas e, a não ser pelas de voto popular, todas tinham seus vencedores escolhidos por um júri formado por jornalistas e produtores. São eles: Chico Pinheiro; Fernando Mansur; João Paulo Cuenca; Léo Feijó; Liminha; Luiz Gleiser; Luís Oscar Niemeyer; Marcelo Castelo Branco; Paulo Cabral; e Zé Ricardo. A maior celebração da noite foram os 50 anos da Contigo! e a relação da revista com a música foi trazida à tona a todo momento. O anos de 1963 também foi saudado com histórias e imagens. E Mariene de Castro foi a atração musical da noite, interpretando duas canções do seu álbum tributo a Clara Nunes “Um Ser de Luz”, “Guerreira” e “Juízo Final”, esta última com Diogo.
Os outros vencedores da noite foram: Zeca Pagodinho, que levou o troféu de melhor Álbum de Samba (“30 Ano Vida que Segue”), entregue por Dudu Nobre; Tulipa Ruiz, premiada por João Barone na categoria melhor Álbum Pop com “Tudo Tanto”; Jacques Morelembaum, que levou o de melhor Instrumentista das mãos de Wilson das Neves por seu trabalho em “Concerto de Cordas e Máquina de Ritmo”, de Gilberto Gil; Flávio Renegado, prêmio Destaque, segundo Fiuk; Martinho da Vila, com seu Sambabook, ficou com o de Projetos Especiais dado por Roberta Sá. Lenine deu o prêmio de melhor cantora do júri a Gal Costa, representada por Amin Khader, e Baby deu o de melhor Cantor, segundo o júri popular, a Djavan.
Veja partes do evento abaixo:
{Mensagem do Dia}
O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.