Quando chegamos na pizzaria que fica em frente ao HSBC Arena, neste sábado (08/06), avistei três cavaleiros do Beto Carrero World. Como reconheci? Eles usavam a camiseta-uniforme que vestiam durante os ensaios do Criança Esperança no ano passado. E eu, fazendo a cobertura para o site oficial do programa, os via o tempo todo (e, antes, fui até o parque em Santa Catarina com o diretor Ulysses Cruz para escolher os cavalos para a produção). Cumprimentei o adestrador Cristiano Geonir, que conheci no parque, e descobri ali que sua trupe estava de volta ao mesmo local onde foi realizado o show da TV Globo para participar da gravação do DVD de Paula Fernandes. “Que legal!”, exclamei. Fico sempre na dúvida se acho bacana ou não os números com animais. Mas confesso: sempre me emociono demais! Fiquei animada para o evento, que pedi para cobrir para o GarotaFM achando que seria mesmo uma experiência diferente.
Chegamos na pizzaria já perto das 21h, horário marcado para o início da gravação do DVD de Paula Fernandes. Começamos a comer meio na pressa. Mas, vendo o pessoal do Beto Carrero ali na mesa da diagonal, relaxamos um pouco. E entramos no HSBC Arena umas 21h45. Na entrada, encontrei um amigo jornalista, que fazia a cobertura para uma revista. Como soubemos ali que o show não tinha começado, dediquei um tempo a um papo divertido com ele. Às 22h, fomos procurar o lugar destinado a quem estava usando aquela pulserinha que nos deram na entrada. Ninguém sabia. Fomos parar na arquibancada de cima e lá ficamos até o show começar, sentados na escada, visto que as cadeiras já estavam todas ocupadas. Achei estranho não ter uma área reservada para jornalistas, coisa que acontece normalmente nas coberturas. Até porque tirar foto nesse desconforto é difícil (e ruim). Mas o problema maior foi o começo, que nunca acontecia.
A um certo momento, um cara entrou e tentou falar com a plateia, pedindo paciência para os ajustes finais. Levou vaia. Paula Fernandes começou o show às 22h40, com 1h40 de atraso. Parte do público já estava de saco cheio. Mas ainda bem que ela tem fãs apaixonados, que esqueceram da espera para celebrar sua entrada. Com uma roupa esquisita de ver à distância (de onde estávamos, parecia um babydoll vermelho, justo, curto e com franjas, mas imagino que não seja isso), Paula já chegou cantando “Se o Coaração Viajar”, acompanhada da banda e de seu violão. Além de celebrar o Rio de Janeiro gritando o nome da cidade, ensaiou um sambinha no meio da música. E emendou “Navegar em Mim”, ainda com seu violão e à frente de um ventilador que fez seus cabelos voarem. Ao final, pediu desculpas e avisou à plateia que ia repetir o número porque tinha dado um problema no vídeo. No fundo do palco, um telão exibia filmes e, nesta segunda música, a luz do farol projetado deveria se mexer, mas ela também se atrasou. Na segunda tentativa, deu tudo certo.
O cenário estava belíssimo, com plantas espalhadas, inclusive trepadeiras na parte de cima, e lâmpadas para todos os lados. A banda estava mais alta do que Paula, que, claro, em qualquer lugar que estivesse brilharia mais do que sua própria música. Pequena, magra, mas com aquele cabelão e as roupas provocantes, a cantora segurou bem o show até onde vi. Fofa, mas séria quando o assunto é trabalho, irritou-se com os pedidos feitos pela direção da gravação no ponto, ou seja, no ouvido dela: “Vamos lá, pessoal? O que está rolando? Problema no vídeo? Precisamos colocar a culpa em alguém!”.E, em seguida, tentou mostrar às pessoas da plateia que ela estava solidária a elas: “Gente, quando eu ficar parada assim no palco é porque a voz do além está falando comigo.”
Depois de “Não Precisa” e “Eu Sem Você”, Paula disse que havia preparado uma surpresa. “Não vou falar muito porque quero que sintam a mensagem”, disse. E começou a cantar “Não Fui Eu”. No fim, comentou que tinha um figurino especial para a próxima música. Saiu do palco, deixando a plateia mais um tempo à espera. A troca de roupa deve ter durado uns 10 ou 15 minutos. Foi nesse momento que forremos para a pista para tentar uma foto mais próxima. Marco se esforçou, porque estava difícil nos posicionar. No telão, entraram fotos dela pequena e, nas caixas de som, uma conversa de uma menina com a mãe, como se fosse Paula pequena pedindo para mostrar a música que aprendeu a cantar. Um vídeo mostrou Paula novinha, tocando violão e interpretando “Coração na Contra-Mão”. A cantora voltou ao palco vestida de caipira, com as longas pernas à mostra, cantando o sucesso de Zezé Di Camargo e Luciano. A dupla veio logo em seguida para se juntar à cantora.
Fui embora quando a direção pediu para Paula repetir o número. Tinha ainda o aniversário de dois amigos e já passava das 23h30. Era a sexta música e os cavalos do Beto Carrero só entrariam na 11º. Valeu a experiência, principalmente porque nunca tinha visto um show de Paula Fernandes, só sua participação no Criança Esperança, onde ela deve ter se inspirado para o número com os cavalos. E imagino que me surpreenderia mais se tivesse ficado até o fim. Bom, vejo os cavalos (e o resto do show) quando sair o DVD.
Fotos: Marco Amarelo
Demais compartilhar esse momento contigo Chris!!!
O show foi lindo, mas realmente cansativo. Acabou por volta de 2:30h com muitas repetições e ela visivelmente irritada com a equipe. Uma pena! espero que o DVD fique legal!