“Nos dias 4 e 5 de dezembro, o sambista Zeca Pagodinho comemorou 30 anos de carreira em dois shows no Rio de Janeiro, ao lado de convidados mais que especiais. Esse registro foi transformado em CD e DVD, que chegam às lojas no dia 23 de abril.”
Eis que chega aqui em casa um pacote enviado pela gravadora Universal contendo um CD, um DVD e um release todo bonitão, tudo relativo a “Multishow Ao Vivo – Zeca Pagodinho – 30 anos – Vida Que Segue”. O release é aquele texto de apresentação do projeto que é enviado aos jornalistas para que entendam do que se trata o lançamento. Este que veio acompanhando o novo trabalho de Zeca Pagodinho traz uma foto do sambista, o texto acima, um texto de Sérgio Cabral falando sobre o show que foi gravado no Rio e a lista das músicas. O pesquisador (e pai do Governador do Rio de Janeiro) arranjou uma nova alcunha para Zeca ao chamá-lo de “Rei do Samba deste início do Século XXI”. Se o conteúdo do material que recebi for a medida para tal determinação, eu apoio a coroação.
Na contra-capa, Zeca parece pequeno à frente do cenário grandioso de May Martins. Sobrados iluminados e um poste levam às ruas da cidade Zeca e sua enorme banda, que por vezes é comandada pelo maestro Rildo Hora. O repertório é formado por clássicos do samba de todos os tempos. A primeira música do DVD, “Gosto Que Me Enrosco”, foi lançada em 1928 por “Sinhô”. No release, Sérgio Cabral lembra que, na época, ele era considerado o Rei do Samba. Para esta canção, Zeca convida Yamandú Costa e Hamilton de Holanda para tocarem violão de 7 cordas e bandolim, respectivamente. Ficam somente os três no palco. Quando começo a refletir se é mesmo necessário mais alguém para o show continuar, Zeca chama Marisa Monte. Com aquele eterno ar de diva, a incentivadora do samba divide o microfone com o anfitrião em “Preciso me Encontrar”, de Candeia. Lindo demais!
Saem os convidados e entra a banda, com Rildo Hora, Rogério Caetano (violão de 7 cordas), Zé Menezes (guitarra e violão tenor) e outros. Ainda romântico, Zeca canta “Mascarada”, de Zé Keti e Elton Medeiros. Em seguida, o baile fica mais agitado com “O Sol Nascerá (a Sorrir)”, de Elton e Cartola. Entre as mais alegres estão “Diz que Fui pro Aí”, de Keti com H. Rocha, “Escurinha” (Geraldo Pereira e Arnaldo Passos), o clássico de Adoniran Barbosa “Trem das Onze” e “Batuque na Cozinha “(João da Baiana). Eternizada na voz de Maria Bethânia, que fez um show na década de 60 com o nome da música de Zé Keti, “Opinião” também está no repertório.
O Rei e o Príncipe do Samba se encontraram no palco para, juntos, cantarem uma das mais lindas composições de Paulinho da Viola: “Foi um Rio que Passou em Minha Vida”. Zeca, Paulinho e a Velha Guarda da Portela mostraram que, pelo menos enquanto estiverem vivos, são eles mesmos os integrantes da realeza. E o samba não vai morrer. O dono da festa convidou Leandro Sapucahy, expoente da nova geração, para um dueto em “Batuque na Cozinha”. Os últimos convidados não apareceram na festa, mas numa gravação logo após o fim do show: Xuxa e os alunos da Escola de Música do Instituto Zeca Pagodinho e Rogério Caetano cantam “É Vida Que Segue (Por que Não?)” com Zeca.
O DVD traz o making of como extra e um autógrafo de Zeca no cantinho do encarte.
Achei essa postagem enquanto procurava conteúdos relacionados ao Zeca. Muito bacana!
Abraço,
Grupo Puro Acaso
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