Minha experiência com Luan Santana, um ídolo que canta e fala o que as fãs querem ouvir

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos

Não, desta vez eu não estava na plateia cobrindo o show ou curtindo porque-amo-muito-aquele-que-estava-no-palco. Fui, depois de muitas tentativas de me esquivar do popstar do momento, levar minha prima de 14 anos para ver Luan Santana, na última sexta-feira (09/12). Evelyn vinha há meses tentando me convencer a levá-la a um show do “amado”. Ela sabe que eu teria feito isso a trabalho se ainda fosse repórter e colunista de música do jornal Extra. Na época em que trabalhava lá, minha prima era fã da novelinha mexicana Rebelde e eu trouxe de uma coletiva de imprensa uma foto e um autógrafo de um dos integrantes da banda RBD. Ela devia ter uns nove anos na época… Pois bem. Cedi. Não fui ver Luan com ela em Nova Iguaçu nem em Mesquita, mas acabei topando o show da Ilha do Governador, sentindo que pelo menos ida e vinda seriam tranquilas.

Os portões abriam às 18h e às 18h30 Evelyn já estava na porta da minha casa, ansiosa. Sexta-feira no Rio de Janeiro, o trânsito nunca é bom, né? Mas lá fomos nós rumo à Associação Atlético Portuguesa. Chegamos por volta das 21h30, mas o show só começou mesmo às 23h. Cansatiiiivo… O DJ era um dos piores que já “vivi” na vida. O cara tocou dance music e funk da minha época (Claudinho & Buchecha, Cidinho e Doca etc). Toda hora eu perguntava: “Evelyn, você conhece essa?” E ela fazia que não com a cabeça e respondia: “Pô, ele devia tocar Michel Teló.” Esse rapazinho é aquele que recentemente grudou na cabeça de muitos o refrão “Ai, se te pego. Ai, ai!” Vale ressaltar que, no dia seguinte do show, até na feira, eu e minha prima ouvimos gente cantar Michel Teló.

Optei por ir com Evelyn na pista VIP, que custava apenas R$ 60, uma discrepância em relação a ingressos como os de Paul McCartney, cuja pista Prime (VIP) no Engenhão, em maio, saiu a R$ 700. Tá bom, vamos a um artista brasileiro… Chico Buarque fará show no Vivo Rio, em janeiro, e o ingresso mais caro custa R$ 320. Ok, ok… Você deve estar pensando: “Pô, não dá para comprar Luan Santana com Paul ou Chico!” Está certo… Vamos comparar Luan com Luan: no show que ele fez na Apoteose em dezembro de 2010, o ingresso de pista comum custava R$ 140.  Melhor ver na Ilha, né? Por seu um espaço para show tão pouco popular, não imaginei que ia estar tão cheio. Percebi que o local e o marketing encarecem muito o evento. Imaginei se não seria legal se Paul tocasse lá na Associação Atlético Portuguesa também… 😛

Na hora em que começou, chegou a dar medo de viver o mesmo que vivi no show do Rage Against The Machine no festival SWU de 2010 (leia aqui). Mas em questão de segundos percebi que a altura média da galera era 1,55m e que a plateia era formada em sua maioria por meninas. Berros a muitos decibéis, mãos que formavam coraçõezinhos, suor naquela primeira noite menos fria de dezembro e muita choradeira permearam o evento. Enquanto elas se rasgavam, Luan dava uma aula de como ser canastrão… e um verdadeiro popstar. O sotaque é do Mato Grosso do Sul, onde nasceu e cresceu. Com o “R” puxado como aquele do interior de Minas Gerais ou São Paulo, enviou frases direto ao coração das fãs. “Eu tava louco para subir no palco logo, olhar no fundo dos olhos e dizer que eu só quero vocês”, declarou. Em seguida, puxou mais gritos: “Eu tô solteiro. Tô mais sozinho que chinelo de Saci.”

Luan dançou com uma menina da plateia, escolhida por sua produção, e deu chocolate na boca daquela que chamou de “Garota Chocolate”. Falou que o Rio de Janeiro é o lugar com mais mulher bonita e voou do palco até parte da pista VIP, pendurado por uma corda regulada por uma estrutura de ferro montada no alto da estrutura onde aconteceu seu show.  Formada por sete integrantes (tecladista, baterista, dois guitarristas, baixista e duas backing vocals), a banda entrou em todas as brincadeiras do “astro”, que até fez dueto com Ivete Sangalo através de um telão que exibia a imagem da cantora baiana. Evelyn catou um papelzinho vermelho (cor preferida de Luan Santana) que caiu do palco e jogou lá uma cartinha com bichinhos de pelúcia. Minha prima disse que ele tem um quarto em sua casa onde guarda tudo o que ganha. Ela tem um saquinho com papéizinhos, recortes, ingressos na bolsa e no coração.

Não, não me encantei com Luan Santana. Achei o show bem estruturado e ele, extremamente esperto e focado na carreira. Pode ser que enverede mais para a música sertaneja do que para a romântica (ou parta para o romântico adulto) e consiga se manter em alta por muitos e muitos anos. Pode ser que saia de moda e passe a trabalhar no backstage. Não dá para saber. As fãs, bom, um dia elas vão crescer, amadurecer e talvez até topar levar suas primas mais novas em shows dos próximos ídolos. E com certeza lembrarão para sempre dessa fase que viveram.

Quanto a mim, eu espero que, quando precisar entrevistar Luan Santana para alguma matéria ou esbarre com ele em alguma cobertura jornalística, possa aproveitar essa experiência. Na única oportunidade, que foi durante a cobertura do Criança Esperança para o site oficial, sua produtora pedia até a cor da calcinha para liberar minha entrevista enquanto eu só sabia que era aquele que cantava a canção-chiclete “Meteoro”. Mal conhecia seu rosto, para mim, nada atraente como eram os dos meus ídolos da adolescência…  Que Evelyn nunca esqueça desse momento que vivemos juntas.

 

5 thoughts on “Minha experiência com Luan Santana, um ídolo que canta e fala o que as fãs querem ouvir

  1. O meu grande sonho é poder conhecer o Luan, espero que eu tenha essa oportunidade e sempre lembrarei desse momento que estive junto com minha prima!

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