Antônio Nóbrega faz show com pouco frevo na Mimo

Antônio Nóbrega toca rabeca na Mimo / Beto Figueirôa

Antônio Nóbrega toca rabeca na Mimo / Beto Figueirôa

A apresentação de Antônio Nóbrega na Mostra Internacional de Música em Olinda (Mimo), no último sábado (05/09), foi diferente do que se esperava. Acompanhado pela Orquestra Retratos do Nordeste, o músico, conhecido por disseminar – Pernambuco afora – o frevo e a dança que acompanha o ritmo, fez um show mais contido no belíssimo Seminário de Olinda. O “pé-de-frevo” dançou menos e cantou canções mais intimistas desta vez. E não foi porque estava na Casa de Deus. Foi por opção.

As dançarinas de Nóbrega / Beto Figueirôa

As dançarinas de Nóbrega / Beto Figueirôa

“Com essa formação, o show é diferente. Negligenciei a música do Maestro Duda, que está aqui presente, mas prometo preparar alguma próxima vez. O repertório de hoje tem de tudo. Vou abrir com canções minhas e vou fazer uma homenagem a Nascimento do Passo, o maior passista de frevo, que morreu esta semana”, avisou Nóbrega.

O rabequeiro, violonista, cantor, compositor e passista pernambucano também homenageou Ariano Suassuna, que estava na plateia. À certa altura, o escritor ganhou aplausos da plateia, orgulhosa do conterrâneo. Nóbrega convidou duas dançarinas – uma delas sua filha – para acompanhá-lo na instrumental “Seleção de Cinema”: esse foi o nome que ele deu no set list ao pout-pourri de sucessos da telona (tema de “Amacord” e “Smile” estavam no meio). As duas fizeram uma bela coreografia, que não pôde ser vista por todos os presentes na Igreja: o palco era o chão à frente do altar).

Um dos poucos momentos de 'frevolição' / Beto Figueirôa

Um dos poucos momentos de

Antônio Nóbrega tocou pouco frevo, mas mostrou um choro de Jacob do Bandolim (“Assanhado”) e um samba de Nelson Cavaquinho (“Minha Festa”) (Obs.: Gente do Rio vai pra Olinda pra ver frevo, né?). Fez a “Aria da Suite No 6”, de Johann Sebastian Bach, e dançou, sem camisa, num número emocionante.

Palmas para a orquestra, liderada pelo bandolinista Marco César. No programa do festival, uma breve apresentação do grupo: “A Orquestra Retratos do Norte apresenta uma formação instrumental de cordas dedilhadas inédita na América Latina. Muito elogiada por seu alto nível artístico, a orquestra concentra suas forças na ampliação, execução e divulgação da música nordestina popular erudita.”

Veja trechos da apresentação de Antônio Nóbrega com a Orquestra Retratos do Norte:

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