Sobre o autoexílio, a saudade, a escrita e Caetano Veloso

Hoje faz um mês que estou fora de casa, dedicando-me aos dois projetos que elegi como principais nos últimos dois anos: meu mestrado e um livro (como muitos já sabem, a biografia de Zé Ramalho). Ambos tratam do mesmo assunto, o que tem feito com que eu me esforce bastante para não me tornar uma pessoa monotemática… Ainda bem que coisas como meu site GarotaFM, como frilas lindos como o programa Mulheres do Brasil e meus amores me fizeram achar o equilíbrio perfeito para seguir “tocando em frente”. Mas ficar longe e isolada não é fácil. Afinal, aqui o tema é um só: a escrita.

Não estamos na Ditadura (graças a Deus, ainda não conseguiram trazê-la de volta), mas me sinto um pouco exilada. Eu vim para 3 meses de cursos específicos, para ser supervisionada por um especialista em biografias e, também, porque está muito mais possível morar aqui com a bolsa que ganho do governo do que no meu próprio país. Sinto muitas saudades dos meus amores e dos meus shows. Sinto um vazio quando vejo posts de coisas muito legais que estou perdendo. E, claro, sinto um medo enorme de não dar conta dos meus objetivos (quem não se sente inseguro diante de uma pressão colocada em si mesmo?).

Mas estou feliz por estar tentando, cheia de esperança e muito agradecida pelo Brasil estar enviando Caetano Veloso para aliviar minha saudade no show que ele fará hoje, aqui em Rosário (Argentina). Andar com fé eu vou (essa não é dele, mas vale a citação) e, hoje, eu mando um abraçaço a quem torce por mim.

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