Formada no início dos anos 60 em Manchester, na Inglaterra, pelos amigos de infância Allan Clarke, principal vocalista, e Grahan Nash, guitarras e vocais, The Hollies injustamente não é (normalmente) lembrada como uma das principais bandas de rock do cenário sessentista, embora tenha emplacado diversos sucessos, sendo considerado o segundo grupo de maior vendagem de discos da Grã-Bretanha, ficando atrás apenas dos Beatles. Exageros (captados na internet) à parte – até porque acho difícil terem vendido mais que, por exemplo, Rollings Stones – The Hollies marcou muito mais por suas músicas do que pelo nome, ostentando trabalhos vocais apuradíssimos e um lado instrumental de fazer inveja a outros grupos do primeiro escalão do rock inglês.
Em 1962, como todas as demais bandas inglesas, The Hollies, então recém-formados, tocavam covers de artistas americanos como Chuck Berry, Elvis Presley, Buddy Holly e Little Richard, entre outros, no calor da febre do rock que fazia sucesso nos Estados Unidos e espalhava-se para o mundo. Em 1963, foram contratados pela Parlophone, a mesma gravadora dos Beatles, já com Tony Hicks na primeira guitarra, Bobby Elliott – condecorado em 1964 como o melhor baterista de rock da Inglaterra – e Bern Calvert no baixo. Em 1964, lançaram seu primeiro long-play Stay With The Hollies e emplacaram a canção Just One Look (Payne-Carroll). Daí para a frente foram mais 27 músicas nos primeiros lugares das paradas de sucessos de toda Europa, Estados Unidos e América do Sul. No Brasil, The Hollies nos foi apresentado pela primeira vez com a canção Bus Stop (Ghram Goudman), honestamente lançada pelo grupo vocal Golden Boys (leia-se movimento Jovem Guarda), com a versão Pensando Nela (Rossini Pinto).
Seus sucessos mais marcantes aqui no nosso país, além da já citada Bus Stop, foram as músicas Long Cool Woman In Black Dress (Cook-Clarke-Greenaway), que enchia as pistas de dança das discotecas setentistas, Look Throught Any Window (Gouldman – Silverman) – que também ganhou ótima versão e interpretação na Jovem Guarda aos cuidados da banda Renato e Seus Blue Caps, sob o título Pra Você Não Sou Ninguém (PC Barros) -, Sorry Suzane (Tony – Geoffe), Jeniffer Eccles (Clarke –Nash), a antológica He Ain’t Heavy, He’s My Brother (Russell – Scott) e a bela Don’t Let me Down (Clarke) esbanjando vocais maravilhosamente trabalhados unidos a violões acústicos e arranjos de cordas de primeira linha; coisa linda! Se você ainda não ouviu ou não se lembra, não perca tempo! Procure já e ouça!
Nessa fase, Grahan Nash já havia sido substituído por Terry Sylvester (ex-The Swing Blue Jeans), quando deixou a banda para juntar-se a David Crosby (ex-The Byrds), S. Stills e N. Young (ex- Buffalo Springfield), brindando-nos com a formação do maior grupo de folk-rock da história americana, o quarteto Crosby, Stills, Nash e Young, que logo tornou-se um trio com a saída de Neil Young. Em 1983, os Hollies lançaram o LP What Goes Around, agora em forma de quarteto com a volta de Grahan Nash e a ausência de Bern Calvert, apresentando uma regravação “modernosa”, com efeitos de sintetizadores (de muito mau gosto) do primeiro hit, de 1964, Just One Look. Em contrapartida, nos traz a gravação numa levada bem rock’n’roll do mega sucesso sessentista do quarteto vocal The Supremes Stop! In Name Of Love (Holland – Dozier – Holland), inserida como tema da novela “Guerra dos Sexos” , da TV Globo; “Salvou o disco”, como dizíamos nos velhos tempos e foi o último hit da banda ouvido aqui no Brasil.
Ainda hoje, a banda encontra-se em atividade, mantendo somente dois dos integrantes originais (Hicks e Elliot). Em 2010, The Hollies foi inserido no Rock And Roll Hall of Fame, a maior condecoração que uma banda ou astro do rock, do pop ou do pop-rock pode almejar.
Resolvi hoje escrever sobre o The Hollies, impulsionado pelo meu grande amigo André Borges (ex-banda Zoom 2000, ex-banda Sociedade Anônima, radialista, apresentador do programa Vinil Rock Club da Rádio Oceânica FM-105.9, colecionador de vinis com, aproximadamente, 7000 discos), que presenteou-me, como sempre faz, com 4 CDs, dentre eles The Hollies Live – 1973 Tour, que eu não conhecia e não consigo parar de ouvir. Como grande crítico e conhecedor da história do rock mundial, o André não fez “meia-sola”, enviando, anexo a cada CD, um manuscrito resumindo a história de cada banda. E eu, evidentemente, aproveitei algumas informações durante a produção desse texto. Deixo aqui um recado para ele: Obrigado, amigo André! Sinta-se convidado a participar do meu espaço no GarotaFM, preparando um post sobre os Hermans’s Hermits, pois tenho você como maior conhecedor do trabalho dessa ótima banda também Inglesa.
Valeu, The Hollies! Vocês fizeram e continuam fazendo parte do meu mundo musical sempre merecendo lugar de destaque em minha discoteca e no meu coração.
Excelente matéria Cornélio!!
Eu tenho 33 anos e curto essa banda há muito tempo e amo essas e todas as outras músicas, acho que sou fã número 1 aqui no Brasil…
Eu tambem sou fã….
Banda fantastica, vocais, arranjos e Clark no vocal …
Um down é uma das melhores
Pra mim uma das melhores bandas, junto com The Beatles e Fredd Mercuri e Cia
Muito boa essa banda e as músicas! Alguém sabe se tem a versao em portugues da He Ain’t Heavy, He’s My Brother?
Olá, Adriano!
Acredito que não. Eu, pelo menos, desconheço… Se você descobrir, comente aqui com um link para conhecermos também?
Um abraço,
Chris Fuscaldo
The Hollies ficou famosa no Brasil por causa do hit “Bus Stop’ de 1966 e “He Ain’t Heavy, His My Brother” de 1969. Talvez,uns de seus temas mais famosos em terras brazucas!! – marcio “osbourne” silva de almeida – joinville/sc
Olá, Marcio!
Obrigada pelo comentário! Você está certo. E isso é o que o colaborador destaca no terceiro parágrafo:
Seus sucessos mais marcantes aqui no nosso país, além da já citada Bus Stop, foram as músicas Long Cool Woman In Black Dress (Cook-Clarke-Greenaway), que enchia as pistas de dança das discotecas setentistas, Look Throught Any Window (Gouldman – Silverman) – que também ganhou ótima versão e interpretação na Jovem Guarda aos cuidados da banda Renato e Seus Blue Caps, sob o título Pra Você Não Sou Ninguém (PC Barros) -, Sorry Suzane (Tony – Geoffe), Jeniffer Eccles (Clarke –Nash), a antológica He Ain’t Heavy, He’s My Brother (Russell – Scott) e a bela Don’t Let me Down (Clarke) esbanjando vocais maravilhosamente trabalhados unidos a violões acústicos e arranjos de cordas de primeira linha; coisa linda! Se você ainda não ouviu ou não se lembra, não perca tempo! Procure já e ouça!
Sou totalmente fã dos Hollies!!!!
Gostei da matéria publicada.
Gostaria de saber como esta Allan Clarke nos tempos atuais e o que faz. Ainda trabalha relacionado à música?
Grata.
Oi, Eulalia! Tudo bem?
Obrigada pelo comentário! O que sei sobre Allan Clarke é que ele aposentou a voz na década de 90 devido a problemas nas cordas vocais e foi substituído na banda. Em 2011 ele apareceu em um concerto do Crosby & Nash para um número com eles e, em 2018, tocou gaita com a banda The Textones.
Veja:
https://www.youtube.com/watch?v=eB-h1lvlnGY
Abraços!
Tive o previlégio de assistir essa Banda em Dresden, Alemanha em abril/2019, inesquecível
Qual o melhor holleis foi com grenhan Nash ou terre silvestre
Qual o melhor holleis foi comgrenhan Nash ou terre silvestre
Eu acho que foi com terre silvesyre
FÃ DESSA BELÍSSIMA BANDA, ESTIVE EM DRESDEN – 04/2019, PARA A VER O SHOW INESQUECÍVEL, AGRADEÇO A DEUS PELA OPORTUNIDADE. Celso
Estava procurando uma musica que ouvia quando era mais jovem e descobri essa Banda Top
Genial matéria sobre uma das mais maravilhosas bandas de todos os tempos. Realmente, você se mostra um conhecedor nota 1000 desse conjunto.
Obrigado!
Sou fã incondicional.curto essa banda desde os anos 70 até hoje para min é o que há de melhor.
Uma grande banda da época com vocais mto bem definidos era tbm um pouco quase estilo do bee gees pelos vocais com a liderança do vocalista . Depois que saiu paresse que a banda caiu de qualidade e não se viu mais fala mais eu gosto mto de banda com boa vocalização.
As bandas inglesas dos anos 60 sao otimas…The Hollies e uma das principais, mas gosto muito tb da The Trenelous…
Quanto a belíssima Don’t Let me Down com seus vocais apuradíssimos e arranjos de percussão e cordas impecáveis, vale a pena remeter à não menos bela I”m Down que chegou ao ápice da sincronia vocal entre Clarke e Silvester e à apoteose em seu instrumental.
VIVI BONS E LINDOS TEMPOS DE MINHA JUVENTUDE AO SOM DESSA BANDA, HOJE FICOU A SAUDADE E O AMARGOR DECUM FIM QUE SE APROXIMA. LEMBRANÇAS ETERNAS.
VIVI BONS E LINDOS TEMPOS DE MINHA JUVENTUDE AO SOM DESSA BANDA, HOJE FICOU A SAUDADE E O AMARGOR DE.UM FIM QUE SE APROXIMA.