“Sua música arrepiou até o meu cabelo do cu!” Foi com essa frase que Eugênia conquistou Cássia, ainda em Brasília, e foi a partir daí que um dos mais belos encontros amorosos da música brasileira começou a tomar forma. Maria Eugênia Vieira Martins e Cássia Rejane Eller ficaram juntas até o fim. Essa história permeia todo o roteiro de “Cássia”, novo filme de Paulo Henrique Fontenelle (diretor também de “Loki, Arnaldo Baptista” e “Dossiê Jango”) e uma obra prima para entrar para a história, apresentada no Festival do Rio na noite desta segunda-feira (06/10).
“Cássia” conta a história da cantora e relembra a época em que ela iniciou sua carreira, em Brasília, onde fez parte da companhia de teatro de Oswaldo Montenegro e onde fez seus primeiros shows, alguns ao lado de Marcelo Saback e outros com a amiga Janete Dornellas. Com depoimentos emocionados, emocionantes e divertidos de familiares (mãe, irmã, tio que foi empresário), artistas (Zélia Duncan, Nando Reis), amigos e parceiros de banda (Lan Lan, Fernando Nunes, Walter Villaça, João Viana), o documentário compila uma série de histórias interessantes que apresentam a Cássia que muitos viram, mas poucos conheceram. Uma das mais engraçadas é a do trio Come Água, que ela e a banda montaram para tocar para um público menor, em um bar de São Pedro da Serra, região Serrana do Rio de Janeiro.
Também arranca risadas o episódio em que, nervosa com a gravação de um álbum, a cantora bebeu demais e vomitou na mesa onde daria uma entrevista coletiva. E emocionam demais (muito mesmo) as cenas de Cássia com o filho, Chicão. Sem dúvida, as imagens inéditas do parto são as mais devastadoras do longa, que também não deixa de contar as travessuras amorosas da cantora (em uma entrevista, grávida, ela inventa um pai para seu filho para não revelar a verdadeira identidade de Tavinho Fialho, músico de sua banda que era casado e com quem teve um breve relacionamento).
Tímida, avessa à exposição gratuita, mas adepta das farras e de alguns exageros, Cássia Eller era uma pessoa generosa, brincalhona, ingênua e “muito amada”, como disseram alguns depoentes. Paulo Henrique Fontenelle não poupa ninguém das histórias mais “picantes” nem dos peitos que a cantora adorava mostrar (antes de fazê-lo no palco do Rock in Rio, levantou a blusa no trio elétrico de Margareth Menezes, em Salvador). E, além de causar diversas sensações e provocar sentimentos, o filme transporta qualquer um para aquela época… Cássia Eller foi uma das maiores e melhores revelações da música brasileira e, depois de arrepiar os cabelos do cu de muita gente, deixou órfãos após sua morte, em dezembro de 2001.
Eu amava cássia eller
Eu também!!!
Eu tambémmmm linda cwrdadeira intensa cantava de verdade explosaõ no palco linda .
Querida Ellerr vc é e será a mulher mais linda com um sorriso mais lindo que já existiuuu.que sorte teve quem fez parte desse riso .