Alceu Valença mostrou no Rio o que se ouve no Carnaval de Pernambuco

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos Tag:

O Carnaval de Pernambuco é múltiplo, pra não dizer “um dos mais diversificados do Brasil”. De dia, bom é acompanhar os blocos de Olinda, que em sua maioria celebra o frevo e outros ritmos locais. De noite, a pedida é ir para Recife assistir aos diversos shows, que vão do samba ao rock. Alceu Valença mistura um pouco disso tudo quando abre, fecha ou simplesmente toca nos dias de folia, seja em Olinda, seja em Recife. Quando sai de lá, o pernambucano se obriga a, entre outros papéis, fazer o de levar essa cultura para o resto do Brasil. E foi o que ele fez no último sábado (08/02), na Fundição Progresso, na Lapa (RJ). O “Carnavalença”, como ele batizou esse formato de show que reúne o melhor de seu repertório dançante, encheu a casa da Lapa junto à Orquestra Voadora e ao bloco Sargento Pimenta.

Alceu foi a atração do meio, deixando um intervalo para os que só foram para homenagear o Carnaval carioca. Se alguém tinha essa intenção, com certeza mudou de ideia. Quando a banda entrou no palco e disparou “Vassourinhas”, um clássico do frevo pernambucano, a pista encheu. E, com capa e chapéu pretos por cima de um colete vermelho, Alceu entrou para cantar “Bicho Maluco Beleza”, levando a galera ao delírio.

Alceu Valença na Fundição ProgressoGuarda-chuvas coloridos de frevo estavam por toda a parte. Alceu andava de um lado para o outro do palco enquanto a banda mostrava o que é tocar a música nordestina (ou você acha que é pra qualquer um?). Destaque para Paulo Rafael, guitarrista que, lá pelas tantas, solou esplendidamente o “Hino do Elefante de Olinda”. Mas isso foi já ao final do show, logo depois de Alceu pedir para o público fingir que ele saiu do palco e incitar a galera a cantar “Alceu, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”. Ainda no início, Alceu emendou “Bicho” com “Diabo Loiro” e o frevo “Bom Demais”. Depois de agitar a plateia, o maluco beleza pernambucano acalmou a galera com um maracatu pop intitulado “Maracatu” e seguiu mantendo o clima com seu clássico “Anunciação”.

Alceu Valença em foto de Jean Dumas

Alceu Valença em foto de Anik Brandão

“Embolada do Tempo” fez o público pular de novo. A lenta “Dona de 7 Colinas”, que recentemente esteve na trilha sonora da novela “Flor do Caribe”, fez muitos casais se juntarem para dançar. E aí vieram os outros sucessos de Alceu: “Como Dois Animais” e “Pelas Ruas Que Andei”. “Ai de ti Copacabana” encerrou o bloco mais calmo do show, que seguiu com “Cirandas/Luar de Prata/Ciranda da Aliança”, “Ciranda da Rosa Vermelha” e “Lia” (“Essa ciranda quem me deu foi Lia / Que mora na ilha/ De Itamaracá”). No chão da Fundição Progresso, abriu-se a roda e a ciranda começou a rodar. E Alceu logo ofereceu de presente outros hits, como “Girassol” e “La Belle de Jour”.

No final, a banda saiu mesmo, mas o guitarrista ficou para tocar o  clássico do Carnaval de Olinda (PE) que pouca gente identificou na hora. Antes dessa brincadeira toda, Alceu e banda apresentaram outros hits das ladeiras pernambucanas, entre eles “Voltei Recife”. O músico introduziu também o grito de guerra do bloco olindense Eu Acho é Pouco (“Eu acho é pouco… é bom demais”) e emendou com “Me Segura Que Senão Eu Caio”. “Beijando a Flora” encerrou o show, que foi retomado só para o solo e para Alceu consagrar sua passagem pela Lapa, interpretando “Morena Tropicana” na versão frevo.

2 thoughts on “Alceu Valença mostrou no Rio o que se ouve no Carnaval de Pernambuco

  1. Alceu é o cara!!
    Só uma correção: O nome da música é Diabo Loiro e não Diabo Louco, como tem aí.
    Abraços!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Required fields are marked *.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>