Chris Cornell cantou e encantou cariocas no fim de semana

Chris Cornell por Ricardo NunesDo alto de seus 48 anos, o músico e compositor norte-americano Chris Cornell não mostra sinais de cansaço e sua voz parece não ter sofrido alterações com a passagem do tempo. Como manda o figurino, Chris subiu ao palco pontualmente, às 21h30, acompanhado de vários violões e hits dos seus quase 30 anos de estrada. Logo de cara, o cantor cumprimentou o público e disse que se sentia em seu próprio programa de TV; convidou os espectadores a levantarem de seus lugares e ficarem mais próximos, caso o quisessem. Não deu outra: uma multidão se aglomerou na frente do palco em poucos segundos e Chris deu o pontapé inicial com a música “All Night Thing”. Apesar da simpatia do músico, a produção e a segurança da casa não gostaram nada da ideia, e desfizeram todo o conglomerado que ficou na fila do gogó enquanto Chris executava “Say Hello to Heaven”, que teve o refrão acompanhado por um coro calmo e baixinho, como pedia a atmosfera do show.

Chris Cornell por Ricardo Nunes Já com (quase) todos sentados, Chris Cornell deu sequência ao show. Antes de “Dandelion”, Chris explicou que foi a única música do Audioslave que teve sua autoria exclusiva e foi feita em homenagem às filhas, que nasceram logo após seu casamento. Logo em seguida, veio a resposta ao apelo dos fãs: “Outshined”, acompanhada de uma história sobre um filme em que o John Travolta aprendia, em meia-hora, a falar português. Já em “Hunger Strike”, todos entoaram o verso “I’m not Hungry” junto com ele. Apesar de tanto tempo de estrada (e de vida), Chris Cornell não aparenta nenhum sinal de desgaste ou mesmo de dificuldade para alcançar notas que o colocaram no hall dos grandes vocalistas do rock. Na primeira parte do show, ainda houve momentos tão animados quanto rolou em “I Am the Highway”, do Audioslave, “Can’t Change Me”, single do primeiro álbum solo, e o cover “A Day in the Life”, clássico dos Beatles.

Cornell volta do intervalo com na companhia de uma vitrola que serve como sample e fundo para “Scream”, música do álbum homônimo (leia-se “infeliz tentativa”) no mundo hip hop. Mais adiante, o momento chave do show: Chris Cornell arranca gritos da multidão na dobradinha que faz com “Black Hole Sun” e “Like a Stone” – nesta, o intérprete é um garoto que pedia insistentemente para subir no palco e cantar com ele. Para encerrar com chave de ouro, Chris escolhe “Blow Out the Outside World”, dos áureos tempos de Soundgarden, comprovando sua veia de showman que está muito longe de sua aposentadoria.

 

 

 

 

3 thoughts on “Chris Cornell cantou e encantou cariocas no fim de semana

  1. Conheço pouco do Chris Cornell mas só por ele mandar o hino “A Day In The Life” dos Beatles, já o tenho como ídolo também. Ótima matéria, Isabela.

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