Com os filhos, Geraldo Azevedo resgata músicas antigas em show

Ainda falta algum tempo para o Dia dos Pais, mas, no palco do Teatro Rival Petrobras neste sábado (23/03), parecia que Geraldo Azevedo estava comemorando alguma data especial como essa. E não era só pelos 79 anos da casa de espetáculos que ele estava ali acompanhado dos filhos Lucas Amorim, Tiago Azevedo e Clarice Azevedo, além de Gabriela Azevedo na produção. Desde o início dos anos 2000, o músico pernambucano vem reunindo pouco a pouco sua cria para, cada vez mais, fazer do palco a sua casa.

“Lucas vinha tocando comigo, mas em 2010 ele resolveu ficar em Londres um tempo. Tiago toca comigo desde 2003 e Clarice veio chegando também. Eles trouxeram músicas para o repertório que eu não tocava há muito tempo”, contou Geraldo, no palco.

Bateria e percussão fizeram a cozinha para o violão elétrico de Geraldinho, que contou com a voz da filha para complementar a sua em algumas das músicas do repertório. Sucessos antigos, como “Caravana”, “Moça Bonita”, “Dia Branco”, “Dona da Minha Cabeça” e “Táxi Lunar”, misturaram-se a canções do último álbum, “Salve São Francisco”.

“Fiz esse disco como uma forma de louvação e também para fazer um apelo. Ontem foi o Dia da Água e a gente não respeita esse elemento do qual dependemos. Poucos sabem que o Brasil exporta água para países como a China”, discursou entre uma música nova e outra.

Geraldo lembrou que nasceu na beira do Rio, em Petrolina, e que, do outro lado do São Francisco está Juazeiro da Bahia. E entoou “Juazeiro, Petrolina”. Causando fortes emoções na plateia, o músico tocou “Você se Lembra” e ganhou um elogio. “Você é lindo”, gritou uma voz feminina. “Obrigado! Uma vez, em Fortaleza, ouvi um cara gritar: ‘Horroroso!’ Fiquei achando que não era tão feio assim”, contou o músico, arrancando gargalhadas.

Antes que o show chegasse ao fim, Geraldo contou que Clarice escreve músicas desde pequena. E que, com ela, compôs para o disco do bloco “Pinto da Madrugada”, dissidência infantil do famoso “Galo da Madrugada”. Depois de dar um breve resumo da curta carreira da menina, o pai coruja abriu o palco para a moça apresentar três das suas canções, duas parcerias com Edu Krieger e uma com Geraldo e com o avô Chiquinho.

Entre as músicas resgatadas por Geraldo, voltou a seu repertório “Grande Momento”, do LP “Bicho de Sete Cabeças”. A versão instrumental desta música que deu nome ao álbum de 1979 também fez parte do set list do show, que terminou com “Ai que Saudade D’Ocê”.

 

Fotos: Christina Fuscaldo e Marco Amarelo

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