Completamente ‘matrix’, Baby do Brasil volta à ‘Babilônia’ e repete show de hits

Posted by Chris Fuscaldo Category: Trabalhos Tag:

Depois de um longo inverno, ou melhor, após uma primavera meio fria no Rio de Janeiro, em que estive empenhada em me adaptar a algumas mudanças na vida profissional e a um projeto específico que exigiu tempo e dedicação, estou de volta com novidades no GarotaFM! Hoje, vamos falar de Baby do Brasil, que fará o segundo show carioca desta turnê de comemoração de seus 60 anos, nesta sexta (07/12), no Circo Voador. O primeiro aconteceu no fim de outubro, no Vivo Open Air, no Jockey Club, e foi um sucesso. Acompanhada do filho Pedro Baby, a ex-vocalista do Novos Baianos atacou de clássicos como “Tudo Azul”, “Cósmica”, “Todo Dia Era Dia de Índio” e “Um Auê Com Você”. E ainda recebeu Caetano Veloso para dividir os vocais em “Menino do Rio”.  No Circo Voador, a energia não será diferente. Após anos focada apenas no gospel, a cantora evangélica teve a bênção de Deus para se jogar na música secular que a alçou à fama.

Leia trecho da matéria publicada na Rolling Stone

Confira aqui parte da minha entrevista com Baby do Brasil e Pedro Baby:

Pedro, como é a relação com a música da sua mãe?

Ela foi uma grande incentivadora de todo mundo na casa, não só dos filhos como do meu pai. Ele era apenas um músico que fazia a direção dos Novos Baianos e ela convenceu ele a cantar, a partir para uma carreira solo. Ela colocou os filhos na capa do disco, ela colocava uma guitarrinha no meu colo e deixava eu entrar fingindo que estava tocando… Ela queria mostrar que isso era parte da filosofia de vida da gente. Se íamos querer seguir, era outro problema. Então,  desde muito pequeno, eu me vejo viajando, estando em grupo, em avião, passando por check-in… E, com 14 anos mais ou menos, minha mãe viu que eu estava mesmo interessado por música e me chamou pra dar uma canja no show dela. Curiosamente, a música que eu comecei a tocar foi “Menino do Rio”.

Meu pai resistiu um pouco, mas depois começou a me chamar também para tocar uma música no show dele. Com meu pai, a situação era mais séria, sabe? Musicalmente falando…  Para improvisar, eu tinha que ter mais experiência… Ele sabia que teria aquela cobrança porque eu ia tocar com Pepeu, né? Em 1996, fiz um Carnaval com minha mãe e, com o dinheiro, fui para os Estados Unidos e passei um tempo lá.

E por que você não tocou com sua mãe quando voltou dos EUA?

Ela se converteu e tentou me chamar para fazer umas coisas no gospel, mas eu falava para deixarmos para o momento certo. Não era nem questão de identificação, era uma coisa de… Não era com a filosofia da coisa, era musical mesmo. Musicalmente, eu estava muito preso àquilo que cresci vendo e ouvindo. Aquilo pra mim era o trabalho dela. O que ela estava fazendo depois disso, eu sabia que era um momento pessoal da vida dela. Eu não me via musicalmente dentro daquele universo. Aí veio o trabalho com a Gal  Costa, que fiz no começo do ano, e ela um dia disse que deve ser emocionante tocar com um filho. Pesquei e fiquei pensando naquilo. Falei para minha mãe que era o presente de 60 anos que eu podia dar a ela.

Baby, conte como foi receber esse convite do Pedro para fazer uma coisa que você não fazia há muito tempo?

Eu venho no gospel há treze anos e lancei um CD em julho do ano passado chamado “Geração Guerreiros do Apocalipse”, e está sendo lançado um nos Estados Unidos que chama “The Tribe of Holy Rock”. Que é todo em inglês, mas com jazz, bossa nova, pop, rock… Nunca fiz um só ritmo, um só estilo. Foi por isso que meu primeiro CD solo se chamou “O Que Vier eu Traço”.  Agora, vamos dizer que eu estou numa fase o que vier eu traço parte dois. E vamos dizer, também, que tem uma frase que é o nome que quero dar ao meu novo CD: “De volta, mas no futuro”.

Eu tenho um trabalho apaixonante no gospel, mas não tenho nada de careta! É o meu lado mais Matrix que nêgo possa imaginar. Aí, vem Pedro e me convida para fazer esse show. Eu disse: “Não se assuste, mas eu preciso orar.” Ele me olhou e disse: “Peraí, mãe! Mas é claro que Deus vai achar maravilhoso.” E eu falei: “Não, Pedro, eu acho que Deus é muito mais louco do que eu, mas eu quero consultá-lo porque eu sou totalmente consagrada a Deus. Eu tenho paixão de viver com Ele decidindo na minha frente. Então, como ele sabe que você é meu filho e que isso vai ser um privilégio para mim, quero consultar do mesmo jeito porque eu acho que essa é a maior prova de amor por Deus.”

E o que aconteceu, Baby?

Isso demorou um mês e pouco porque, no meio de tudo isso, comecei a orar, dizendo: “Deus,  eu tô aqui completamente vivendo esse mundo Matrix maravilhoso dos milagres e de tudo. E eu tenho tantos amigos, tantas pessoas que estão até apavoradas comigo. Mas que nós todos somos espirituais, todos somos filhos de Deus, divinos, maravilhosos. E eu quero que Você me diga se isto tudo está vindo pela sua mão, a equipe, tudo. Porque se vier de você, eu vou!”  E nada Dele falar… Fiz um jejum, como Daniel da Bíblia fez, e nada. Encontrei Pedro, que precisava de uma resposta e eu disse que Deus não tinha falado ainda.  a cúpula do abajur caiu sozinha. Falei: “Opa, olha o matrix acontecendo!” Aí, nesse dia, Deus deu a resposta.

Um profeta de São Paulo veio pregar na Igreja da Tijuca e, de repente, ouvi dentro de mim: “Vá à pregação do profeta Leandro, que eu vou te dar a resposta.” Tomei um susto, mas fui. E ele começou a falar no meio da pregação e falou a minha resposta sem ninguém saber. Em outras palavras, ele disse: “Deus está levantando os Daniéis que tem unção para andar dentro da Babilônia. Ele está precisando dos Daniéis, não é, Baby?” Então, vi que posso estar dentro da Babilônia, que é o mundo, mas quero permanecer como sou. Toquei na casa do Pedro e pedi para ele descer e disse: “Deus falou que sim!” Aí, ele deu um sorriso e disse: “Então, mãe, aperte os cintos! ”

 

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