Realizado em Curitiba, festival Lupaluna destacou a cena musical do Paraná

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos

A sexta-feira foi de água no Rio de Janeiro. A procissão de Nossa Senhora de Fátima quase me fez perder o voo. Este, por sua vez, atrasou. Cheguei na primeira noite do Lupaluna já na metade do evento. Realizado há três anos em Curitiba, o festival levaria quase 40 mil pessoas sexta e sábado ao Bioparque, uma área grande e aberta, que tem por trás a nascente do Rio Iguaçu (aquele que dá nas cataratas). Na programação, um headline diversificado. Nada de incrível. As atrações internacionais, por exemplo, seriam The Cult e Sublime with Rome. Mas o destaque dado às bandas locais chamava a atenção. Charme Chulo, Djoa, Sugar Kane e as contemporâneas Gentileza e Sabonetes (na foto, o vocalista Artur Roman) são alguns dos 16 nomes paranaenses dos 41 escalados. Copacabana Club e Blindagem foram as únicas a tocarem no Luna Stage junto às atrações “grandes”. Os outros palcos chamavam-se Eco Music (brasucas menos populares) e Eletro Luna (DJs).

“Para incentivar a revelação de novos talentos, o Lupaluna em parceria com a Mundo Livre realizou desde o dia 04 de abril o Concurso de Bandas Para Sair do Anonimato, que teve como objetivo escolher por votação popular duas bandas para estrear no Palco Eco Music do festival. Depois de mais de um mês de espera, mobilização, torcida, chegou a hora tão esperada para as 15 bandas concorrentes. No dia 9, a Rádio Mundo Livre divulgou ao vivo as duas vencedoras: Banda Namorada Belga, com 36.13% dos votos e Banda Paranoika, com 26.21% dos votos”, divulgou a assessoria de imprensa dias antes do festival.

Sábado, a chuva chegou em Curitiba. Forte. O show de Vanessa da Mata teve que ser interrompido na metade. E olha que, em festival, os artistas já sobem ao palco com tempo contado (normalmente, 40 minutos para ganhar a plateia). Vanessa até que tentou continuar a cantar mesmo com a água invadindo o palco, molhando seu vestido e encharcando os amplificadores. No in ear (fone de retorno e que permite a organização se comunicar com o artista), pediram para que parasse. E Vanessa tirou a capa que cobria uma saia e uma blusa leves, correu para a passarela descoberta, entregando-se à água, atacando de “Ai, ai, ai”, pulando e chamando a galera para acompanhá-la no refrão: “O que a gente precisa é tomar um banho de chuva, um banho de chuva.”

Passaram ainda pelo festival Paralamas do Sucesso & Frejat, Ivete Sangalo, Monobloco com Fernanda Abreu, a revelação Tulipa Ruiz, Otto com o guitarrista Fernando Catatau (foto acima), B Negão & os Seletores de Frequência, Fresno, Emicida, Capital Inicial, Marcelo Camelo (foto ao lado) já tocando canções do disco novo (“Toque dela”), O Teatro Mágico, Raimundos e muitos DJs.

Leia mais:

Chorão dá seu alô antes de subir ao palco. Durante o show, separou uma briga

Lucas Silveira, da Fresno, esbanja delicadeza em entrevista a jornalistas

Vanessa da Mata sai do Lupaluna como a cantora mais espontânea do Brasil

O Teatro Mágico mostrou que é grande demais para o palco Eco Music

Fotos: Marco Amarelo

Veja mais fotos do Lupaluna no FlickR (clique aqui)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Required fields are marked *.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>