Rio terá exibição de documentário sobre ‘Paêbirú’, primeiro disco de Zé Ramalho, lançado com Lula Côrtes em 1975

Faz pouco mais de um mês que faleceu Lula Côrtes, primeiro parceiro de Zé Ramalho em disco. Faz pouco tempo também que Cristiano Bastos e Leonardo Bonfim conseguiram finalizar o documentário que preparavam sobre “Paêbirú – Caminho da Montanha do Sol”, álbum lançando em 1975 por Lula e Zé e hoje um dos mais raros (o original) e dos mais caros do mercado negro da pirataria de vinis (grande parte das cópias foram destruídas durante uma enchente). Parte do tempo e do investimento (próprio) foi feito entre a Paraíba e Pernambuco. A parte mais difícil foi resolver as questões burocráticas que rondaram os diretores por pelo menos dois anos. Mas todo o trabalho valeu a pena. O filme é com certeza um grande documento dessa história que nunca vai ser contada pelos dois juntos (os parceiros nunca mais se falaram depois de uma briga). Neste sábado, “Nas Paredes da Pedra Encantada” terá sua premiére carioca dentro da programação do Festival Internacional de Documentário Musicais, IN-EDIT. O filme será exibido às 21h, no Artplex Botafogo.

Leia a sinopse:

“Nas Paredes da Pedra Encantada” é um road movie que viaja pelas lendas do mítico “Paêbirú – Caminho da Montanha do Sol”, álbum lançando em 1975 por Lula Côrtes e Zé Ramalho. Os diretores Cristiano Bastos e Leonardo Bomfim arrumaram uma Kombi para levar Lula Côrtes de volta a Ingá, recanto do agreste paraibano envolto no misticismo de uma pedra talhada com signos pré-milenares. Entre as lembranças de Lula e as histórias de figuras diversas da cena udigrudi nordestina, como Lailson, Alceu Valença e Kátia Mezel, o filme investiga, não só a riqueza musical de “Paêbirú” mas também o imaginário do interior da Paraíba e o momento psicodélico dos anos 70 na ponte entre Recife e João Pessoa.

Conheça o blog do filme

Assista ao trailer

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3 thoughts on “Rio terá exibição de documentário sobre ‘Paêbirú’, primeiro disco de Zé Ramalho, lançado com Lula Côrtes em 1975

  1. É uma ótima oportunidade para conhecermos melhor a história da cultura nacional, e ainda mais deste trabalho sempre tratado de maneira enigmática até mesmo pela raridade que a natureza o fez tornar. Pena o Lula não estar mais aqui para ser aclamado.

  2. Não só pela produção e riqueza sonora, mas principalmente pela coragem de fazer um albúm com uma miscelanea psicodélica em pleno década de 70… Lula durante uma parte do documentário: “Tava todo mundo doidão, ai fomos lá e fizemos”… Sensacional.

  3. Vão me desculpar, mas olhei o documentário ontem e achei uma droga.

    Ok, tem coisas boas, as histórias contadas são boas.

    O grande problema ficou à cargo da edição final. Sei lá, foi uma pré-estréia, talvez o filme seja alterado ainda, mas é visível a precariedade da edição final, com longuíssimos takes de uma só pessoa falando, sem nenhuma informação (minha namorada que não conhece o álbum e sabe pouco sobre a história do Zé Ramalho, na metade do filme ainda não sabia do que se tratavam os assuntos comentados).

    Pô, podia ter uns links com a explicação. Por exemplo, quando se fala sobre a enchente, poderia aparecer em baixo aquelas coisas “mtvísticas” dizendo que rolou uma enchente que destruiu os discos prontos, etc. Poderia tb ter uma pequena introdução explicando quem foi Lula Cortêz e Zé Ramalho, afinal, parto do princípio que um documentário tenha que te documentar a situação, te explicar os detalhes. Me pareceu um filme feito por quem entende do disco pra quem entende do disco. Pessoas interessadas em conhecer estão de fora, pois não vão compreender nada.

    Outra questão é o forte sotaque: umas legendinhas em baixo não fariam mal à ninguém.

    O corte abrupto das cenas, pra aparecer o nome das pessoas, também ficou horrível, e fica na tela por uns 5 segundos, com um fundo preto, parece as coisas que eu faço no Movie Maker!

    Enfim, valeu pela questão de ter aquilo registrado, as pessoas que estavam envolvidas no disco apareceram, falaram. Mas uma edição de imagens poderia ter sido feita, poderia se ter mesclado os entrevistados, quando falam sobre o mesmo assunto (alguém já leu Mate-me Por Favor?), pq sinceramente, ficou bem chato.

    Só pra não dizer que eu só apedrejo, a história dos elefantes na viagem de ácido foi muito engraçada ahahaha.

    Enfim, uma boa idéia, gente legal, histórias legais, mas com uma péssima edição final.

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