Com show marcado pra sexta no Rio, Skank fala sobre mergulho na interatividade: ‘Essas iniciativas dão vida à música’

Posted by Chris Fuscaldo Category: Entrevistas

O Skank está de volta ao Rio para levar o show da turnê “Multishow ao vivo – Skank no Mineirão” à Fundição Progresso. Prestes a lançar o trabalho em blu-ray, Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Haroldo Ferretti (bateria) e Lelo Zaneti (baixo) estão animados com a expectativa do reencontro com os cariocas.

“O público do Rio é bem interessante, com várias facetas e particularidades. Há várias casas com diversos perfis que atendem a muitas demandas de público.  A Fundição mesmo aglutina muito. É Lapa, são os bares ali perto, o agito, tem turistas de fim de semana… sempre tem um público novo. É muito bacana”, diz Lelo.

O Skank tem 20 anos de carreira e mais de dez títulos em sua discografia. Lançado como CD duplo e DVD no final de setembro de 2010, o “Multishow ao Vivo – Skank no Mineirão” foi a realização de um sonho dos músicos: o show foi gravado em Belo Horizonte, em junho de 2010, com público de mais de 50 mil pessoas, no Mineirão. Foi a despedida do estádio, que logo em seguida foi fechado para as obras da Copa do Mundo de 2014. Para além da felicidade, a sensação de nervosismo não foi muito diferente do que a banda mineira costuma enfrentar cada vez que se prepara para uma apresentação.

“Sempre dá aquele frio na barriga na hora de subir no palco e defender uma música legal. É um acontecimento em real time. A gente tem essa disposição e sempre tem um imenso prazer de encontrar com a plateia”, diz Lelo.

O encontro com os fãs não fica só nos shows. O Skank é uma banda que ultrapassou as gerações e hoje tem como fã quarentões, trintões, vintões e adolescentes. Para conservar essa galerinha mais nova, os músicos mergulharam de vez no mundo da interatividade. Recentemente, por exemplo, lançaram o Skank Play, uma nova plataforma na qual pessoas do mundo todo podem tocar virtualmente com os quatro integrantes da banda.

“Essas iniciativas dão vida à música. E é uma maneira de divulgar. Hoje em dia é fundamental, essencial. São meios legais de estar ali. No Skank Play, as pessoas podem entrar e tocar conosco. A pessoa escolhe um instrumento e manda ver. O cara pode fazer sua performance e colocar no Facebook e esse tipo de coisa”, conta Lelo.

Apesar de presente nas redes sociais mais famosas do momento, o Skank toma cuidado com o que publica por aí:

“É bom para as pessoas ficarem bem informadas. O Skank gosta de postar coisas menos pessoais e mais coisas ligadas à música mesmo.”

E por falar em redes, mundo digital etc, quando o assunto é pirataria, Lelo é um dos que apoiam o crescimento do mercado de download no Brasil:

“O pessoal podia ter medidas mais interessantes para poder fazer com que iTunes de música estivesse vigorando no Brasil. Isso nao acontece e é uma pena. Lá fora os artistas vendem a rodo e as gravadoras têm lucro pelo menos proporcional ao mercado. A venda se efetiva, seja a do single, seja a do álbum inteiro. O iTunes movimenta os países que têm política de negócio na internet. O Brasil peca nesse aspecto. As gravadoras e editoras não conseguem nem chegar a um acordo entre elas… Todo mundo iria ganhar com isso, toda uma clase.”

Skank e Chimarruts: Sexta (06/05), 00h, na Fundição Progresso (Rua dos Arcos, 24, Lapa – Tel: 2220-5070) E-mail: R$ 30 a R$ 80 (Meia entrada para estudantes, idosos, menores de 21 anos, assinantes do jornal O Globo e quem levar 1Kg de alimento não perecível ou 1 livro).

One thought on “Com show marcado pra sexta no Rio, Skank fala sobre mergulho na interatividade: ‘Essas iniciativas dão vida à música’

  1. O que mais admiro no Skank é a disciplina e unidade sonora/pessoal. A banda já está na estrada há 20 anos sempre se renovando, respirando novos ares e superando, de forma inteligente, as crises naturais que rolam em bandas que convivem 24 horas por tanto tempo. Um exemplo a ser seguido. Parabéns pela excelente matéria.

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