Motivados pelo lançamento do ‘Guia do toco’, estudantes falam de foras que deram e levaram

Posted by Chris Fuscaldo Category: Trabalhos

Matéria publicada na revista Megazine (O Globo) em 30/11/2010 (leia aqui)

tocoRIO – Que atire a primeira pedra quem nunca deu ou levou um fora inesquecível. Ligação não atendida, sumiço ou frases dolorosas como a simples “não estou mais a fim” podem deixar uma pessoa de cama. Experientes no assunto, as jornalistas Leticia Rio Branco e Fabi Cimieri listaram 69 tipos de veto no livro “O guia do toco – como dar e levar sem perder o bom humor”, recém-lançado pelo selo Best Seller. E a Megazine foi ao campus da PUC para saber que espécies de toco estão à solta por aí.

– O toco atinge pessoas de todas as idades. Mas, se há dez anos eu soubesse o que sei sobre o assunto hoje, teria evitado muitos. Todos vão se identificar com o livro, mas os jovens terão a visão de mulheres experientes – comenta Fabi, de 34 anos.

Se tivesse experiência, talvez o estudante de cinema Guilherme Arcanjo pudesse ter evitado o que o livro chama de “toco amigo” no cinema.

– Tentei beijar a garota, mas ela não deixou. Pulei duas cadeiras para o lado.

E Eduarda Dupin, do curso de Comunicação Social, talvez soubesse sair de uma relação “não estável” sem deixar o cara chateado.

– Não estava mais a fim e não sabia como falar. Fui parando de atender o telefone – conta a estudante.

Acostumada a dar nomes aos tocos, sempre anotando-os em guardanapos de bar ou folhas de papel, Leticia Rio Branco, de 33 anos, acha que saber aceitar o fora é uma arte. Mas ela admite que já se deixou abalar.

– Uma vez, tomei um “toco gringo” que me deixou doente. Viajei para a casa do cara, e ele mudou de figura – diz a jornalista, que levou o pé nabunda do estrangeiro.

Os tocos reunidos pela dupla estão divididos nas categorias Clássicos (“toconfuso” e “tocudoce”), Esfarrapados (“tô chegando” e “redes sociais”) ou Sinistros (“eu sou gay” e “doença fatal”). Na página ao lado, você lê histórias reais de pessoas que levaram ou deram os mais diversos tipos de toco – catalogados ou não no livro das jornalistas.

ANA ELISABETH AMARAL: Só porque não quis conversar com um cara na boate, a estudante de jornalismo de 25 anos acabou levando um tapa: “Ele puxou meu cabelo para me beijar, e eu o empurrei”. O menino partiu para a agressão, e ela revidou. “O toco acabou em porrada. Ele me bateu, e eu bati nele!” O mané foi expulso da boate, e Ana Elisabeth lançou uma nova espécie de toco, o “barraqueiro”, que não está no livro.

 GUILHERME ARCANJO:  “Me busca na saída do Enem?” A frase foi a senha para uma peguete de Guilherme ganhar um “toco high school”. “Ficamos uma vez. Quando liguei, descobri que ela tinha 16!”. Mas ele também já foi vítima: “Estava no cinema e, quando fui beijar, ela disse que éramos só amigos”. De tanto levar fora, ele tomou uma atitude: “Comecei a fazer stand up comedy, e tudo mudou. Peguei até as que me rejeitaram”.

EDUARDA DUPIN: Não quer mais sair com alguém e não sabe como dizer? Dê um “tocobina”, como fez essa estudante de 19 anos: “Eu dava desculpas, dizia que ia viajar e fui parando de atender o telefone. Teve um dia em que ele percebeu e parou de ligar”. Um tempo depois, Eduarda encontrou o menino na rua e falou com ele como se nada tivesse acontecido. “Meio cara de pau, né? Acho que ele nem queria falar comigo”.

 ELISA TEPEDINO: Ela corria atrás do gatinho, e ele até topava sair (o livro chama esse de “toco até pode”). Um dia, a aluna de 20 anos cansou de ligar e deu o “toco bumerangue”: “Encontrei na night, e ele chegou em mim. Aí, eu disse ‘não'”.

ANWAR NACIFF: A estudante de 20 anos marcou até hora com a menina, que, depois de uma ficada, apareceu em sua casa. “Falei para voltar no dia seguinte e não fiquei lá.” Mas, mesmo após esse “toco Mr. M”, ela ainda deixou um bombom.

 CÉSAR COUTINHO: Esse aí já levou todo tipo de toco: via redes sociais, MSN etc. Mas, para o estudante de Engenharia do Petróleo, o mais comum é aplicar o “tribalista”, aquele em que o homem passa a noite trocando de mulher – e, é claro, ouvindo muitos “nãos”. “Normalmente, chego em quinze e consigo pegar três”. Ao perguntar o nome de garotas na night, ele já ouviu coisas como “eu prefiro a morte”. Mas César, de 20 anos, outro dia reverteu o quadro dando o “toco bumerangue”: “A menina falou que eu era feio. Pensei rápido e disse: ‘mas eu quero ficar com sua amiga, não com você’ (risos)”.

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