Jorge Ailton lança ‘O Ano 1’ na Urca com participação de Paula Toller

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O baixista Jorge Ailton vem acompanhando Paula Toller (solo) na turnê “Sónós” desde 2007. Viaja pra lá, viaja pra cá, criou-se uma afinidade que culminou em parceria, claro. No disco de estreia de Ailton, “O Ano 1”, a vocalista do Kid Abelha – que promete sua volta aos palcos para etse ano ainda – assina com ele a canção “Coração retrô”. No show de lançamento do álbum, que acontece nesta quinta-feira (13/05), no Zozô (Urca), a lourinha sobe ao palco para uma participação. Além do repertório de “O Ano 1”, o músico apresenta leituras para músicas de Prince, Titãs, Erasmo Carlos e até mesmo uma inusitada versão jazzy para New Kids on the Block.

“Espero que seja tão divertido pras pessoas que estiverem assistindo quanto  está sendo pra mim!”. 

Leia, abaixo, entrevista que Jorge Ailton deu para o GarotaFM:

GarotaFM: Quanto tempo você levou produzindo o disco?

Jorge Ailton: Levei um ano gravando o disco. Quando cheguei ao estúdio do Alexandre Vaz, tinha o esboço de três canções. As outras foram sendo feitas durante a gravação e já visando o CD. Desde o início das gravações até o lançamento própriamente dito foram dois anos.

GFM: As composições foram feitas para o disco ou você teve que selecionar dez de muitas músicas que já vinha compondo há um tempo?

JA: Decidi gravar “O Ano 1” quando compus o que viria a ser depois a faixa “Superastral”. A letra é um recado para mim mesmo, fala do cara que pensava em tudo ao seu redor, menos nele próprio. No refrão, digo: “Agora vai que vai…”. As outras, que apresentei logo de início, foram a melodia do que seria depois “Coração Retrô” e a ideia de groove que virou “Casta dos Abençoados”. Depois que achamos um caminho, comecei a compor já pensando numa estrutura de álbum mesmo. Pensava na ordem das faixas, se tinha que ter uma música mais lenta ou mais rápida, uma mais pesada ou mais soul, até chegarmos a um repertório equilibrado para o que estávamos querendo. Portanto considero que todas as canções foram feitas para o disco, fiz a opção de registrar um momento mesmo.

GFM: O que significa, para você, ter uma parceria com Paula Toller neste disco?

JA: Uma honra muito grande. É tipo aquela estrelinha no boletim que você ganha  quando é criança ou o gol que faz no futebol da escola e fica todo bobo. Foi assim que me senti quando comecei a tocar com a Paula na tour do CD “Sónós”. Esse disco tinha baladas lindíssimas como “Um Primeiro Beijo” e “Rústica”. Tentei fazer a letra de “Coração Retrô” e não fiquei satisfeito com o resultado e achei que a onda da música combinava com o jeito que a Paula escreve. Mandei um email pra ela com a base e ela me mandou a letra um tempo depois. Fiquei muito satisfeito com o resultado e muito feliz de ser parceiro de uma artista que admiro tanto. 

GFM: O que significa, para você, acompanhar Paula Toller em sua turnê?

JA: Acompanhar um artista é sempre um aprendizado musical e pessoal. É uma experiência muito boa, não só pela Paula, mas por toda a equipe, que é muito competente e se transformou em uma família.

GFM: Qual é sua maior fonte de inspiração para compor?

JA: A vida! Andar por aí ouvindo histórias, viajar, ter decepções e alegrias pessoais… tudo isso inspira, dá o start do processo. Mas, para finalizar uma canção, é necessário muita dedicação e disciplina, pelo menos no meu caso.

GFM: Fale sobre sua relação sobre o baixo.

JA: O baixo é como se fosse um outro braço meu, ou um filho, sei lá. Algo do qual eu não consigo me afastar. Desde pequeno, com sete ou oito anos, eu tinha uma atração especial pelas baixas freqüências. Se estivesse ouvindo um samba, ficava marcando o surdo. Num naipe de sopros, cantava a tuba ou o trombone. E, principalmente, sempre prestei muita atenção no contrabaixo. Quando comecei a aprender música, o violão foi meu primeiro instrumento, mas logo depois passei para o baixo. Nessa época, eu tinha uns 14 anos e, desde então, minha predileção se confirmou. Gosto muito de ser baixista, gosto da responsa de ser a ligação entre o ritmo e a harmonia.

GFM: Fale sobre sua relação com a composição e com o canto.

JA: Sempre gostei de compor e de cantar. É muito natural para mim a música em si. Meu avô, Moacyr Silva (Bob Fleming), era um grande músico. Por isso desde muito criança convivo em um ambiente musical. Só precisei fazer a manutenção disso. Cantar, tocar ou compor são como um impulso mesmo. Às vezes chego de uma gravação exausto, tomo banho, ligo a TV para relaxar e, quando me dou conta, estou dedilhando o violão. Não é meu trabalho, é minha vida!

GFM: Conte como será o show de quinta.

JA: No show de quinta, vou tocar basicamente o repertório do meu disco de estreia, “O Ano 1”, e outras canções que sinto prazer em cantar, como “Criança”, da Marina Lima. Serei acompanhado por Cesinha (bateria), Rodrigo Tavares(teclados), Marcio Biaso e Rodrigo Nogueira (guitarras). Vai ter a participação superespecial da Paula Toller cantando comigo. Espero que seja tão divertido para as pessoas que estiverem assistindo quanto  está sendo para mim. Os ensaios foram maravilhosos e estamos ansiosos pra esse show de lançamento. Estou muito feliz em poder lançar esse disco. Além de uma realização pessoal,  o lançamento de um novo trabalho é um momento mais que especial na carreira de qualquer artista, seja novo como eu ou consagrado.

JORGE AILTON  – Lancamento CD “O Ano 1”: Quinta (13/05), às 22h, no Zozô (Avenida Pasteur, 520, Urca – tel.: 2295-5659). R$ 50 ou R$ 30 na lista amiga ([email protected]). Após o show, festa Pitada com os DJs Galalau e Léo Gadelha.

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