Garota FM

A caminho de João Pessoa, capital da Paraíba, esbarrei com uma revista da companhia aérea que trazia uma matéria intitulada “Guitarra do cerrado”. Falava sobre a nova geração de músicos de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Bêbados Habilidosos, Dimitri Pellz e… Facas Voadoras. Ufa! Um impulso para incrementar o post que já estava salvo em rascunho desde dezmebro e colocá-lo no ar. Por que não entrou antes? Aquela que escreve viveu muitas coisas desde quando conheceu a banda para cá. Mas, dois dias depois de reencontrar os músicos sul-mato-grossenses na revista, assume a responsabilidade.

Facas Voadoras por Flávio Melgarejo

Durante as etapas do Fun Music, eu e meus companheiros de ECT (Eu, Chris e Taís) conhecemos várias bandas. Na semifinal do festival, esbarramos com uma que merece destaque: Facas Voadoras. Não que algumas outras não tenham importância. Mas é que esta, vinda de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), tem uma história parecida com a nossa, no que diz respeito à produção e carreira. Enfim… Voltamos de Araras, cidade próxima a Campinas (SP) onde nos apresentamos e saímos eliminados – ECT e Facas não passaram para a final – e trocamos ideias com Higor Ganassin, produtor dos meninos. Aí vai um vídeo que Higor, que é formado em Rádio e TV, fez durante a gravação do programa Panorama, exibido no canal da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) na TV Universitária de Campo Grande. Mais abaixo, um pouco mais sobre Facas Voadoras.

“Uma guitarra supersônica, uma bateria rasgante e um power-baixo distônico são a empunhadura deste trio. Músicas velhas recapeadas em sujeira nova e músicas novas embebidas em sujeira velha. Os mestres japoneses há tempos já maldiziam suas shurikens se as encontravam em lâminas limpas. E o que dirão as mulheres arremessadoras de facas? Seus fiapos de cinta-liga e dentes tremeluzentes podem não passar de um lusco-fusco perto de lascas afiadas. Ainda assim, há quem diga que tudo isso não passa de uma falácia de dois gumes. E, pior: o que tudo isso tem a ver com a música?! Só resta, mesmo, é ouvir e cuidar para não se cortar…” (por Facas Voadoras)

Formada no Mato Grosso do Sul por Leonardo Schmidt (voz e guitarra), Jean Ripa (bateria e vocal) e Diego Boeno (baixo), a banda Facas Voadoras compara seu som “à imagem de facas arremessadas por índios bêbados em picadeiros, à de mulheres espiãs que as utilizam como arma silenciosa e mordaz e à de shurikens de ninjas do Japão feudal”. O mesmo é influenciado por rock dos anos 60 e 70 a surf music, passando pelo western spaghetti e garage-rock. Suas músicas são compostas em português e inglês, e tammbém há canções instrumentais no repertório.

“Algumas músicas que a gente faz tem mais a ver com uma letra em inglês. O rock com uma certa pegada soaria estranho, no meu ponto de vista, com uma letra em português. Sem contar as tiradas e expressões que existem em cada língua que só funcionam no seu próprio vocabulário”, diz Leonardo.

Dentre os festivais de que participou estão o El Mapa de Todos (Brasília – DF), Fogo no Cerrado (MS), Calango (Cuiabá – MT), Quebramar (Macapá – AP) e Nas Ondas do Rock (Rio de Janeiro). O primeiro DVD do Facas Voadoras, de um pocket show registrado pelo produtor Higor Ganassin, foi lançado virtualmente pelo selo Senhor F (disponível para download). Uma das músicas, aquela com a qual a banda concorreu no festival Fun Music, “1:54”, tem um clipe exibido no programa “Lab Br”, na MTV. Neste momento, a banda está produzindo um CD.

“‘Just Like A Vampire’ faz parte de uma série de videocasts que começamos a divulgar agora em 2010. Este foi o segundo. O primeiro na virada do ano foi ‘É Só Uma Impressão, Meu Bem’. Ambos foram extraídos da cobertura (making of) que eu fiz da participação do Facas Voadoras no Panorama, veiculado no Canal Universitário aqui em Campo Grande. A intenção com os videocasts é levar informação para o público que curte os Facas Voadoras, com vídeos de bastidores, shows exclusivos em streaming ao vivo (em breve), vídeos da estrada, de apresentações nas casas noturnas e diversos outros formatos de programetes. Tudo isso online apenas, sem intenção de veicular em outras mídias”, conta Higor.

Visite o MySpace do Facas Voadoras

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