Daqui a alguns anos, quando Jam da Silva for o percussionista mais requisitado do Brasil, você vai olhar para trás e dizer: “Puxa, eu não fui naquele show dele.” Isso se você não esteve no Cinemathèque nesta quarta-feira para conferir o show de lançamento do CD “Dia santo”. Quem passou por lá não se arrependeu, pois Jam arrasou, acompanhado por Gustavo Corsi (guitarra e vocal), Marion Lemonnier (piano Rhodes, escaleta, programações e vocal), Garnizé (percussão) e Marcio Alencar (baixo).
O repertório foi baseado no álbum solo de Jam. Incrível como ele conseguiu transpor para o palco um disco que foi feito com trocentas participações. Até a substituição de Isaar, que emprestou sua voz para a faixa-título, por Marion, a tecladista, deu certo! Houve participação de Junio Barreto em “O Pedido” (parceria com Jam) e do trombonista Marlon Sette em “Macumba Gringa”, que não está no álbum.
“Este é o lado mais experimental do show, pois não ensaio a música. Chamo sempre um artista local, prioritariamente trombonista, mas pode ser flautista ou qualquer outra coisa, para agregar e fazermos um som mântrico, pra dançar, pirar, rodar…”, explica Jam.
Por trás da banda, foram exibidas projeções incríveis do coletivo OESTUDIO. Na plateia, estavam antenados e/ou famosos como Matheus Nachtergaele, Paula Toller, Kátia B etc. Assista a trechos do shows nos vídeos abaixo (infelizmente, escuros, porque a única coisa que faltou no show foi um pouco mais de luz):
Chris, que grande revelação é Jam da Silva! Escrevi sobre ele por encomenda (para o programa de um festival) e tô encantada. ‘Dia Santo’ é herdeiro direto do ‘Da lama aos caos’ (aproveitando a capa do Lichote desta sexta-feira chuvosa). Dá notícias sobre teus passos musicoprofisionais, viu? Beijão!