Em primeiro lugar, devo desculpas aos leitores pelos dias sem postagens. Passei a última semana viajando a trabalho, metendo-me em buracos desse Brasil em que internet é artigo de luxo. Mas como sempre, além de ralar muito, vivi experiências incríveis. E, aqui, exponho uma delas.
Eis que chego no aeroporto Galeão, cedo, e pergunto ao rapaz se aquela era a fila de check-in da companhia aérea pela qual viajaria. O cara responde que sim e prossegue o papo: “Tá indo para Belo Horizonte?” Eu digo que passarei por lá, mas seguirei para São Luís, Maranhão. “Vai fazer o que lá?”, ele pergunta. “Estou indo a trabalho”, digo. “Com que você trabalha? Televisão?” Epa! Eu, começando a achar que o cara estava querendo saber demais, decidi ser rápida: “Internet! E você, faz o que?” A bomba! “Sou cantor. E ator. Meu nome é Conrado.” Eu, roxa, não consegui segurar a risada. “Hahaha! Conrado? Caraca! Eu era sua fã! E aí, o que anda fazendo?” E a partir dali, foram mais de 40 minutos de um papo agradabilíssimo sobre carreira, Globo, Gugu, Viva a Noite (quem assistia?), Renato Aragão, Turma do Didi, política, futebol, jornalismo…
“O Gugu era um cara extremamente generoso e com uma visão de negócio incrível. Ele que lançou uma série de nomes, que, na época, explodiram. O Dominó, por exemplo”, lembrou Conrado, quando puxei da memória.
Conrado tinha apenas 17 anos quando estreou, em 1987, no Viva a Noite, programa que Augusto Liberato, o Gugu, comandava nas noites de sábado, no SBT. Era normal meninas se reunirem para assistir aos números musicais, às brincadeiras e a peças de merchandising lúdicas como a do caldo Maggi, “o caldo nobre da Galinha Azul”. Com o hit “Paixão Proibida” (letra abaixo), o cantor ganhou o Brasil e foi parar no Xou da Xuxa, onde em uma brincadeira, no ano de 1989, declarou-se para Andréia “Sorvetão” Faria, a Chiquita das Paquitas, com quem se casou. Depois da onda musical, o cantor virou ator e trabalhou por cerca de cinco anos em “Os Trapalhões”. Entres idas e vindas da cena musical, posou nu e entrou para o mercado gospel. Agora, Conrado planeja um retorno às paradas:
“Estou começando a planejar um projeto na música. Mas ainda não está certo”, comentou.
Conrado foi um ídolo da minha infância. Eu tinha apenas sete anos e começava a me apaixonar por caras bonitinhas da televisão quando ele apareceu, com franja e mullet típicos dos anos 80, cheio de charme, cantando músicas românticas. Ajudou a embalar minha simpatia o fato de eu já conhecer “Paixão Proibida” de algum dos discos de Leno & Lilian (ou só de Leno, não lembro), dupla da Jovem Guarda que meu pai ouvia incansavelmente. Perdi Conrado de vista depois que cresci. E o mais engraçado, para mim, foi todo mundo em volta estar reconhecendo ele, menos eu.
Relembre trecho da letra de “Paixão Proibida”:
“A garota que eu adoro, por quem tanto choro, não pode me ver. Nunca soube o que é tristeza, vive na riqueza, sem poder me ver. Nosso amor é tão bonito, mas seus pais não querem nossa união. Pensam que a pobreza é lixo e que rapaz pobre não tem coração.”
Relembre o dia em que Conrado “brincou” com Andréa Sorvetão no Xou da Xuxa:
amei rever este momento do Conrado com a Andréa…..q saudade… melhor tempo curti mto..
Moro nos USA e vivo relambrando bons tempos. Adorei!!!
Temos que encontrar algumas musicas “Mais”.
Thank you