Conselheiros da Megazine analisam os discos de estreia das bandas Legião Urbana, Ultraje a Rigor e RPM, que fazem 25 anos em 2010

Posted by Chris Fuscaldo Category: Trabalhos

Matéria publicada no jornal O Globo, na Megazine e no site, em 12/10/2010 (leia aqui)

LEGIÃO URBANA, Legião Urbana, por Lucas Gibson

Lucas por Gustavo Stephan / Foto reprodução O Globo

Lucas por Gustavo Stephan / Foto reprodução O Globo

A nostalgia de uma época que não vivi foi inevitável quando escutei o disco. As batidas despertaram o legítimo e hoje banalizado rock brasileiro. O poeta Renato Russo parecia prever o futuro: estamos todos imersos na “Geração Coca-Cola”, que dita o que é bom e padroniza o ser humano. O mundo é um eterno “por enquanto”, onde as coisas têm validade curta, tal como a música de qualidade. O primeiro disco de Legião Urbana permite fugir do mundo sujo que se faz concreto: é um apelo ao coração, que pede calma diante da canção e ao mesmo tempo quer pulsar como em um show.  

NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA Ultraje a Rigor, por Felipe Rosenvald

Felipe por Gustavo Stephan / Foto reprodução O Globo

Felipe por Gustavo Stephan / Foto reprodução O Globo

Após escutar esse som, identifiquei a sinceridade. E com humor. Diferente da maioria das músicas atuais. Como ele pode dizer que se ama? Não era para ele dizer isso a mim? Não dá para saber se o foco do Ultraje era agradar a quem ouvia. Mas com certeza o fizeram comigo. Sensacional. Som de qualidade e declarações atípicas. Se “Inútil” surgisse hoje, com certeza seria a música de protesto às bandas coloridas, às fãs que amam se sentirem especiais por seus ídolos agradecerem sua existência. Alguém consegue imaginar Fiuk dizendo que elas têm cara de “babaca”?

REVOLUÇÕES POR MINUTO RPM, por Gabriela Andrea 

Gabriela por Gustavo Stephan / Foto reprodução O Globo

Gabriela por Gustavo Stephan / Foto reprodução O Globo

Anos 80? Imagino música brega, cantores com estilo duvidoso e sintetizadores, que acabam com qualquer melodia. Após ouvir o RPM, tais opiniões foram reforçadas. Soou estranho o excesso de sintetizadores e arranjos com teclados, que não é mais utilizado da mesma forma. Contudo, o ponto mais decepcionante foram as letras, clichês do homem-que-canta-sobre- aquela-mulher-que-lhe-decepou-o-coração. Títulos como “Liberdade – Guerra Fria” me fizeram esperar algo com mais conteúdo, mas continuei frustrada, apesar de ter achado a voz de Paulo Ricardo muito sedutora.

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