Nem totalmente rap nem totalmente funk, primeiro álbum de MC Guimê ostenta a verdade do artista e traz participações de Catra, D2, Negra Li e Emicida

Posted by Chris Fuscaldo Category: Trabalhos Tag: , ,

Já faz algum tempo que MC Guimê se destacou com seu som original e suas investidas arrojadas nos palcos e nas redes sociais. Sem qualquer medo de se arriscar na carreira que escolheu seguir, o cantor e compositor ficou conhecido como um dos principais expoentes do funk ostentação em 2012, quando seus vídeos caseiros alcançaram milhões de visualizações. De lá para cá, esse paulista de Osasco fez muita música, muito clipe, muito show, muita participação em programas de rádio e TV, muito de tudo. Ou melhor, quase tudo. Mesmo já tendo mais de 332 milhões de visualizações em seu canal de Youtube, 4,5 milhões de seguidores no Instagram e 9 milhões de curtidas em sua página do Facebook, para ele se sentir pleno, faltava produzir um disco. Compilando algumas músicas lançadas recentemente e que rapidamente viraram hits com novidades e participações muito especiais, Sou Filho da Lua chega ao mercado através da Warner Music realizando um sonho.

“Eu tinha o sonho, mas achava que, como estava dando certo na internet, já estava bom. A internet foi o primeiro caminho que encontrei para investir no meu sonho. As redes sociais foram minha ferramenta. Comecei no Orkut, depois fui atrás dos shows e passei a produzir vídeos improvisados. Eu fazia contato com DJs pela internet para pedir que fizessem música para minhas letras e colocava tudo para download. Começou a gerar acesso e eu passei a preparar CDs promocionais e ser agenciado por um escritório. Foi quando eu cheguei na televisão”, conta Guimê.

Com três singles já lançados, Não Rouba Minha Brisa, Viva La Vida e Fato Raro, sendo que só essa última ainda não ganhou clipe, MC Guimê está estreando sua carreira discográfica em alto estilo. Além da produção exemplar de Pedro Dash em todas as faixas (algumas delas, ele divide com outros nomes como Papatinho, Tropkillaz, Nave, David Corcos “O Marroquino” e Duani), o álbum traz as participações de amigos e de artistas que ele sempre admirou: Tropkillaz está em Viva La Vida; Emicida aparece em Eu Vou Que Vou e, com Rael, em Sampa; ConeCrew Diretoria participa em Gata Eu Vim do Gueto; MC Lon e MC Rodolfinho se aliam a Guimê em Aliados; Negra Li canta em Nem Maior Nem Melhor (Tenha Fé); Haikaiss, em Ela Disse (Vem); Marcelo D2, em Cadê a Mina?; e Mr. Catra, em Festa Magnífica.

“A cada passo que dei, a produção foi ficando mais bonita e o disco, mais qualificado. A dificuldade foi escolher os convidados, porque queria chamar uns 40 para fazer música comigo. Fui trabalhando os detalhes dessa obra, que agora tá pronta, com todo mundo junto e misturado”, declara o MC.

Foi cruzando com Mr. Catra em bastidores de shows que Guimê se apegou ao funkeiro badalado e deu a ele o apelido de “padrinho”. O MC também curtia D2 há tempos e chegou a querer o lugar do filho do rapper carioca quando ouviu uma parceria dele com o pai: depois de encontrá-lo em shows, convidou o ídolo para compor e gravar com ele. Negra Li é um expoente do rap paulista que Guimê sempre acompanhou. Ter uma voz feminina nesse disco só confirma que a ostentação do jovem músico não passa por nenhum tipo de minimização da mulher. Basta ouvir Cinderela, que ele canta sozinho, para confirmar que o lance do artista é fazer uma declaração de admiração à “donzela”:

“Eu, na real, gosto de passar meu sentimento. Independente da música, gosto de tocar no coração. Gosto de ser romântico e passar essa verdade. Venho vivendo momento muito bacana com minha mulher, tanto que Fato Raro tem a ver com minha vivência com ela.”

Ainda dessa geração da música considerada “da margem” brasileira, Tropkillaz é formado por dois DJs que já ultrapassaram as fronteiras do país, o ConeCrew Diretoria reúne rappers carioca e o Haikaiss tem três de São Paulo. Pode-se dizer que MC Rodolfinho, MC Lon, Emicida e Rael são os convidados que caminharam mais lado a lado com Guimê desde que ele começou.

“Rodolfinho veio da mesma quebrada que eu, de Osasco. Chegamos a formar uma dupla chamada Rodolfinho e Guimê. Agora a gente vem se encontrando Brasil afora, realizando nosso sonho de moleque. MC Lon, eu também conheci no começo do meu trabalho. Ele me colocou no palco numa casa de São Paulo onde todo MC sonhava cantar, a Cabral. O Lon estourou antes e me deu essa oportunidade. Rael também é da galera de São Paulo . A parceria com Emicida começou faz tempo, com ele participando em música minha e eu na dele, desde meu tempo de produção underground. Ele é muito ligado na internet e entrou em contato quando fiz um remix de um trecho de uma letra de música dele. Ficamos amigos e consolidamos a parceria quando gravamos País do Futebol e Neymar participou do clipe. Deu muito certo”, relembra Guimê.

Junto com o disco, três faixas bônus estão sendo lançadas apenas digitalmente: Gratitude é uma música sobre gratidão, Viva la Vida ganhou uma versão produzida e remixada por Pedro Dash e Nave e Vou te Dizer tem participação de Claudia Leitte, que foi quem se aproximou primeiramente do parceiro.

“Recebi um convite para apresentar uma música com Claudinha no carnaval de Salvador. Eu, nada bobo, sugeri fazer uma rima ao vivo em cima de um sucesso dela. Foi só boa energia! Aí encontrei ela sem querer em Los Angeles depois. Estávamos gravando no mesmo estúdio e não sabíamos. Uma hora alguém me falou e, quando vi, ela já estava dentro da minha sala. Claudinha me convidou para fazer um número no The Voice Brazil e achei que não tinha como não ter ela comigo nesse meu trabalho”, conta ele.

Nem totalmente rap nem totalmente funk, mas com muita mescla de tudo, inclusive de falas e cantos, Sou Filho da Lua é a perfeita definição de álbum pop: eclético, ele absorve estilos e é dedicado ao povo. Retrato colorido de MC Guimê, o disco dispensa rótulos e conta a história dessa versão masculina de Cinderela, que precisou trabalhar muito para conseguir realizar seu sonho. Não é à toa que a faixa escolhida para dar nome a esse trabalho diz: “Escolhi uma vida nova pra viver / Vim ver, vou ver, vencer / Vim ver transparência, transparecer / Só sua consciência que sabe quem é você”.

“Gosto de escrever letras, mas também gosto que minha música seja envolvente, dançante. Fiz meu disco nessa pegada sem deixar de ser o mestre de cerimônia que passa uma visão, que quer entrar na mente. Se eu tenho um RG, ele é meu disco, agora”, define Guimê.

  • Release produzido a pedido da Warner Music.

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