Um cordel para celebrar o amor de Alinne e Eliel

O Amor do Rio ao Maranhão

Quero todos prestando atenção
Nessa história que eu vou contar
Vim de longe, de avião
Pra essa festa comemorar

É o casamento de Eliel e Alinne
Peço licença aos convidados
Também aos pais e aos padrinhos
Garanto que todos ficarão animados

Em maio de 2013, tudo começou
Duda levou sete mulheres pr’uma caminhada
Animada, Alinne encarou
Parecia que a sorte estava lançada

Eliel conhecia essa amiga
E combinou de levar os rapazes
Foram ao Pão de Açúcar com alegria
Bem dispostos e cheios de vontade

Os homens vieram do Guanabara
Um clube carioca de montanhismo
Que Eliel frequentava há uma data
E Alinne gostou ali mesmo

Alinne era a última das oito meninas
Eliel, então, pegou a sua mão
Ela disse “já nadei, sou fundista”
E ele jura que não tinha má intenção

Nessa época, Eliel caminhava direto
Junto a Leo, Giuliano e Trindade
Analista de sistemas, tinha o hobby predileto
Com a turma do clube tinha muita amizade

De Eduardo ele se reaproximou
Marco tinha como mestre o Eliel
Esmênia, Ludmila e Daniela o carioca agregou
Chris ficou amiga e escreveu esse cordel

Ela, advogada numa firma de tecnologia
No clube, todo mundo a conheceu
Na caminhada, Giuliano foi companhia
E no Bar Urca, Eliel apareceu

Mônica e Marisa as festas organizam
Mas o coração dele é que começou a dançar
Com medo de estar confundindo
Eliel decidiu se afastar

Não durou muito esse tempo
Logo logo a saudade apertou
Ele lembrou dos bons momentos
E um livro na portaria dela deixou

Alinne topava tudo
Vamos ali? Vamos lá?
Que tal ao Everest?
E um beijo, vamos dar?

Alinne nada tinha percebido
Até que conversa vai, mensagem vem
Sentiu que tinha motivo
A vontade não vinha do além

Na Urca novamente sentaram
Em Eliel, ela viu coisas em comum
Seu coração estava preparado
Só para ele e outro homem nenhum

Ele achou tudo aquilo estranho
Era como um sonho sonhado
Ave Maria, homem, beija logo!
Nem parece um carioca arretado

“Me senti adolescente de novo”, disse ele
E ela cada vez mais encantada
Alegre, cativante, carinhoso
Por Eliel ela ficou apaixonada

Otimista, alto astral e guerreira
Alinne caiu no seu encanto
Ela teve que conquistar Gabriel
Filho do amado, um outro anjo

Kamilla e Eduardo muito ajudaram
Quando para o namoro o casal hesitou
A irmã e o marido os dois encorajaram
Consciente de que era medo, o casal se animou

Não demorou muito o noivado
Foi depois que Gabriel aprovou
A família de Alinne d’outro lado
Abençoou esse novo amor

Mas o sogro queria o nome da filha de depois
Fique tranquilo: o Mont’Alverne vai ficar!
Sai o Magalhães da mãe, fica o Frota dos dois
Pra provar seu amor, França Gomes irá acoplar

No Canadá, experimentaram a união
Em São Luís, sempre em quarto separados
Na Patagônia, aventuras de montão
Meu Deus, que sogros mais arretados!

Claudio e Adriana a moça aprovaram
Parceiros dele, Leo e Carol também
Depois de Paulo, só os amigos dela faltavam
Ao lindo casal dizerem amém

O pedido foi feito no Maranhão
Alinne teve o apoio das irmãs
Seu Aloísio conteve a emoção
Aurineide provou ser uma grande mãe

Calma que não foi simples assim
Eliel na base tremeu
O cabra emotivo é brabo por fim
“Filha minha quem ama sou eu”

Seu Aloísio engoliu o choro
A primogênita ia casar
Será que esse cara dá no couro?
Vou sair com ele pra testar

Parece coisa de novela
Mas foi isso que ele fez
Fez o genro provar até moela
Vou detalhar essa história pra vocês

São Luís a dupla percorreu
Frequentou bares até tarde
Cerveja, cachaça, de tudo bebeu
… Menos Guaraná Jesus (ler após pausa)
Do pai e da mãe Eliel sentiu saudade

Maria Amélia veio do Ceará
E no Rio sua família formou
De Ely que entre nós já não está
Manias pernambucanas Eliel herdou

Mas ele não comia carangueijo
Com o sogro é que aprendeu a gostar
O bicho não tinha gosto de beijo
Mas de ladinho ensinou-lhe a andar

Melhor esquecer esses “causos”
E dos tios Leda e Pompeu lembrar
São um exemplo, merecem aplauso
Primo Luís André também veio celebrar

Suzana é uma prima que parece irmã
Tio Leopoldo veio lá de Brasília
A festa sem eles não teria élan
Afinal, os dois completam a família

As diferenças são poucas e boas
Eliel é emoção e Alinne, razão
Ela é mais calada e ele, extrovertido
De Maria Amélia ele herdou o coração

Ela também puxou à mãe
Física e racionalmente
Concebida em Sergipe, nascida no Ceará e criada no Maranhão
Morou em Brasília e escolheu o Rio… definitivamente

Mais parece conto de fadas
Eliel e Alinne se olham o tempo todo
Cachorro, gato e casa em Lumiar, eles não precisam de mais nada
Vida em harmonia é o que eles levam, meu povo!

Cheguei ao fim dessa história
Ou melhor, ao início, porque tudo recomeçou
Que esse dia fique sempre na memória
De todos nós que o casal convidou

  • Cordel escrito sob encomenda para Alinne e Eliel e recitado durante a cerimônia de casamento do casal, realizada em junho de 2015, no Maranhão.

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