A estreia da Mimo no Rio de Janeiro surpreendeu quem achava que seria difícil adaptar às ruas babilônicas da Cidade Maravilhosa o delicioso clima das ladeiras de Olinda. Estabelecido desde 2004 na cidade de altos e baixos, a Mostra Internacional de Música em Olinda este ano sofreu o baque de ter sua tradicional edição pernambucana cancelada devido à falta de patrocínio. Por outro lado, além do repeteco bem-sucedido em Paraty (RJ) e em Ouro Preto (MG), a versão carioca dirigida por Lu Araújo e Luiz Calainho (da Musickeria) foi apresentada pelo Bradesco com patrocínio do BNDES. O festival aconteceu entre os dias 13 e 15 de novembro e contabilizou 20 concertos, 23 filmes exibidos e 20 atividades na Etapa Educativa no Parque Lage, Museu da República, Cine Odeon, Igreja da Candelária, Igreja da Penha, Outeiro da Glória, Sala Cecília Meireles, Espaço Guiomar Novaes e Espaço Cultural BNDES.
As centenárias igrejas da Candelária, Penha e Outeiro da Glória fizeram as vezes da Catedral Sé de Olinda, da Igreja da Misericórdia e Igreja de Nossa Senhora do Amparo, entre outras. O duo feminino de música sul-coreana SU:M (foto), o espanhol Daniel Casares e a recém-criada Orquestra Sinfônica Cesgranrio e o artista vencedor do Prêmio MIMO Instrumental 2015 João Camarero ocuparam os altares.
Os outros espaços receberam Chris Stout & Catriona Mckay (Escócia), Boubacar Traoré (Mali), Grande Companhia de Mystérios e Novidades (Brasil), Antônio Guerra (Brasil), Nailor Proveta & Alessandro Penezzi, Orquestra Popular Tuhu (Brasil) e David Ganc & Quarteto Guerra-Peixe com Mingo Araújo (Brasil). Com filas na porta, o Parque Lage foi o espaço mais concorrido. Apresentaram-se no Palco Mimo o DJ Marcelinho Da Lua, Batida (Angola/ Portugal), a Banda Black Rio, Tom Zé, o nigeriano Bombino (foto) e Alceu Valença com a Orquestra Ouro Preto.
Pela mostra de cinema, passaram os filmes The Amazing Nina Simone, Sem Dentes: Banguela Records e a Turma de 94, My Name is Elza Soares, Eu Sou Carlos Imperial e muitos outros.