Os fãs do Ira! até que estavam animados nesta sexta-feira (18/09) com o retorno da banda ao Rock in Rio depois de 14 anos da edição em que Nasi, Edgard Scandurra e companhia fizeram show com o Ultraje a Rigor para mais de 200 mil pessoas. Esses fãs receberam bem o rapper Rappin Hood no segundo show do Palco Sunset. Mas, quando o furacão Tony Tornado entrou, deu para perceber que era isso que faltava para preencher o palco, que parecia um pouco vazio só com a banda.
Nasi, o vocalista, estava bem disposto, mas mostrando pouca afinação em canções como Eu Quero Sempre Mais e Flerte Fatal. Scandurra cantou uma parte de O Girassol. Baixo e bateria pareciam leves demais para segurar uma plateia que já ameaçava ficar cheia por voltadas 17h30. Rappin Hood agitou a galera com sua US Guerreiro e ao pedir que levantassem as mãos aqueles que concordam que deve haver igualdade racial (meio triste foi ver que 98% dos braços eram brancos). Mas foi curta a participação do rapper paulista… Assim como a de Tony, o Tornado, que chegou abalando todas as estruturas.
Com 85 anos, o astro do funk brasileiro (e ator) jogou seus óculos escuros para a plateia e levou todo mundo a responder os versos de Pode Crer Amizade e os vocalizes inventados na hora. A Festa do Santo Reis foi uma das melhores partes do show. “Clap your hands” foi só uma das frases em inglês proferidas pelo negão, que fez um breve passinho, ameaçou jogar o paletó amarelo também e pediu ao filho, Lincoln Tornado, que dançasse por ele durante BR-3. Só faltou a banda de São Paulo se integrar um pouco mais aos estilos de seus convidados. Ficou parecendo que teve Ira! demais e Rappin Hood e Tony Tornado de menos.