Verônica Bonfim lança clipe, mas o disco ainda não saiu

É por causa de pessoas como Verônica Bonfim, que acaba de lançar o clipe da canção Olhos d’África, que acredito que as coisas deveriam ser mais fáceis para os músicos do Brasil. Talentosa demais, a cantora, compositora e atriz vem batalhando há nada menos que 20 anos por um lugar ao sol. E até que ela já conseguiu muitos êxitos. Não que essa baiana arretada, que já foi estrela do programa de televisão “Fama” e integrou por quatro anos a Cia. Mulungo de teatro, dirigida por Oswaldo Montenegro, esteja querendo mais do que ela já conquistou. Mas eu adoraria vê-la brilhando em muitos palcos brasileiros e não só nos europeus e africanos, como tem sido ultimamente.

“Acabei de retornar de uma turnê de três meses na Europa com o musical Brasil Brasileiro. Um trabalho lindo, dirigido pelo premiado diretor argentino Cláudio Segóvia, que conta a história do samba através da dança de salão, do jongo, do lundu, da capoeira e de clássicos da nossa música. No repertório, estão Donga, Cartola, Chico Buarque, Tom Jobim e Vinícius de Moraes e outros. Também tenho feito muito trabalho publicitário como atriz e estou buscando projetos para apoiar a gravação de um EP com canções autorais”, conta Verônica.

Verônica BonfimO EP seria o segundo trabalho discográfico de Verônica Bonfim, que gravou em 2007, mas nunca lançou o álbum Olhos d’África. A canção que dá nome ao disco, produzido de forma independente, é de autoria da artista baiana. “A canção surgiu em casa, num momento muito introspectivo com meu violão, estudando no quarto. Primeiro, veio só o início, como um chamamento: ‘Ilê, Ilê…’. Depois, ela nasceu inteira. Tempos depois, pesquisando sobre as origens de nomes africanos e a língua Yorubá, descobri que Ilê significa casa. Tudo se conectou, pois estou falando das minhas origens, da nossa casa, da nossa Mãe África, do que nos une e da ponte que nos conecta com o continente berço da humanidade. A partir daí comecei uma pesquisa e um mergulho nas minhas origens, buscando referências na minha ancestralidade como material para o meu trabalho e uma proposta estética que me define e me reconecta com os meus.”

Que os meus, os seus e os nossos olhem para Verônica Bonfim!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Required fields are marked *.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>