Marky Ramone: um transporte para um show dos Ramones

Foto de Tata Barreto

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Adoro programas durante a semana. São dias em que os bares da cidade estão mais vazios e recebem a visita de pessoas que realmente gostam de sair, seja para curtir um bom som ou uma boa cerveja. Sozinha ou com amigos, sair durante a semana é uma experiência distinta do que a de encarar as “muvucas” dos fins de semana numa metrópole como o Rio de Janeiro. E nesta última terça feira não foi diferente. Muito pelo contrário, era uma terça especial. Isso porque rolou o show do Marky Ramone em sua South American Blitzkrieg Tour, comemorando o aniversário de 17 anos do Bukowski, tradicional bar roqueiro da zona sul carioca. Quem, assim como eu, já passou dos 30, tem no Bukowski uma referência de refúgio rock’n’roll nas noites do Rio. Quem nunca foi a uma festinha lá?

Foto de Tata Barreto

Foto de Tata Barreto

Foto de Tata Barreto

Foto de Tata Barreto

Foto de Tata Barreto

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O show aconteceu no Teatro Odisseia, outro refúgio da boa música, vanguarda na cena musical do Rio. Como todo bom fotógrafo, cheguei cedo ao Odisseia e pude presenciar a chegada de Marky Ramone e sua banda ao local. Cruzei com os músicos nos bastidores do teatro e, para minha supresa, Marky não os acompanhou ao camarim. Ele foi o único que se encaminhou diretamente para o palco. E ali ficou, afinando a bateria com o roadie. Somente tempos depois é que o resto da banda retornou ao palco para a passagem de som. Muito antes disso, Mr. Ramone solicitou educadamente ao roadie que me pedisse para sair do local. Eu estava sentada ao lado do palco e, como boa fotógrafa, ao vê-lo chegar, saquei a câmera. Não sei se foi fobia do equipamento ou se isso é praxe para ele, mas fato é que deixei o palco e me dirigi para longe, de onde pude ver a passagem de som sem incomodar A Lenda.

Marky Ramone por Tata Barreto

Marky Ramone por Tata Barreto

A casa foi enchendo aos poucos e era fácil avistar camisas dos Ramones, banda da qual Marky Ramone fez parte até o final da mesma. Com a morte de Joey Ramone, vocalista (e a cara) da banda, deu-se o fim de uma era. Mas o espírito punk rock não morreu e isto foi o que presenciamos nesta última terça, aqui no Rio. A atual banda de Marky é formada por músicos jovens, que no palco encarnam a melhor face dos Ramones: 1, 2, 3, 4! Tal qual CJ Ramone fazia, o baixista convocava a galera para a próxima música com a contagem mais rock’n’roll de todos os tempos, sem deixar ninguém respirar.

Marky Ramone por Tata Barreto

Marky Ramone por Tata Barreto

Me lembrei do show dos Ramones a que assisti no auge dos meus 16 anos, no ano de 1994, na antiga casa Olympia, em São Paulo. Naquele dia, acompanhada de um ex-namorado e de sua irmã, cruzamos o engarrafamento de Sampa em busca da noite mais punk rock de nossas vidas. Lembro de estar na frente do palco e não conseguir respirar tamanho calor e barulho que havia na casa. E agora em 2014, 20 anos depois (tô ficando velha!), pude fechar os olhos e me transportar para aquele ano de 94, onde tantas outras coisas aconteceram no mundo do rock. Me senti de novo no Olympia, como se Joey Ramone estivesse ali cantando na minha frente. Não sou musicista, não sou jornalista, sou apenas uma fotojornalista, mas as sensações que ficaram foram as de uma adolescente que ouvia Ramones em uma fita K7. Mais visceral impossível! Hey Ho Let’s Go!!!

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