‘Setevidas’ traz Pitty nua e crua depois de cinco anos sem disco

Depois de um hiato de cinco anos, Pitty seminua e crua. É assim que a cantora e compositora aparece no clipe de Setevidas e é assim também que ela interpreta as dez faixas do disco homônimo, seu quarto álbum de estúdio e o primeiro depois do lançamento do Agridoce. O guitarrista Martin, aliás, além de parceiro no projeto paralelo de Pitty, é coautor de quatro músicas do novo CD, sendo Olho Calmo com Pitty, Duda e Guilherme (baterista e baixista da banda que gravou). Assim como as outras, elas mostram uma Pitty ainda com sangue nos olhos, mas fazendo um som mais maduro, capaz de agradar aos seguidores desde Máscara e também aos fãs do rock de todos os tempos.

Pitty no CD SetevidasA capa de Flavio Flock é a mais crua de todas: com margem em três cores neutras, Pitty aparece em foto que não é uma selfie, mas um “auto-retrato”, conforme palavras do encarte. As letras também não são nada rebuscadas, a começar por Pouco, que fala pouco, mas diz tudo: “Não espere que eu me contente com pouco / É pouco, tão pouco, tão pouco”. A Massa não tem nada a ver com o “que massa” que baianos e muitos outros cidadãos brasileiros falam quando acham algo legal (ou, como os cariocas diriam, “maneiro”). “A massa é feita pra saciar / a fome dos que a sabem modelar / regurgitada pra lá e pra cá / bota fermento nessa massa, deixa fermentar”, canta Pitty, enquanto toca minimoog, hammond e extintor de incêndio.

Pitty em Setevidas 2Apesar de ter sido gravado com muito mais instrumento do que os outros álbuns, o novo disco de Pitty tem uma sonoridade mais crua também. É rock já experimentado. Serpente tem coro, slide, percussão, hammond e uma vibração meio mística que faz dessa uma das faixas mais gostosas do disco. Boca Aberta tem algum suingue e, em Lado de Lá, Pitty trouxe o piano que desenvolveu melhor durante a temporada de ensaios, shows e gravações para o Agridoce. As músicas que se aproximam mais do que ela fazia antes são Deixa Ela EntrarUm Leão Boca AbertaSetevidas está na trilha sonora da novela Geração Brasil e é enérgica, com o piano de Pitty e o saxofone do mestre Carlos Malta.

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