Toda vez que passa a propaganda do Superstar, aparece o número que a banda Move Over apresentou no domingo, e mostra ainda os jurados pulando de emoção (coisa que eles vêm fazendo desde a primeira aparição dos músicos no programa). Se é essa banda que vai ganhar, pra que fazer a competição? É só incluí-la em uma novela e pronto: o sucesso é imediato. Mas, se a ideia é incentivar o público a escolher a melhor, a emissora podia deixar o público decidir durante a exibição do programa em vez de ficar fazendo lavagem cerebral ao longo da semana.
Comecei a acompanhar porque a banda do meu amigo e parceiro no projeto Press Play Leandro Souto Maior, a Fuzzcas, estaria no “elenco” e eu queria dar uma força. “Agarrei coleguismo” com o programa como diriam colegas de um jornal onde trabalhei) e resolvi torcer pelas bandas com as quais me identifiquei. Achei a Move Over legal, sim. Mas acho um desrespeito com todas as outras a exaltação que os jurados fazem dela toda vez que a menina de cabelos vermelhos aparece. Agora, vendo tantos anúncios iguais rolando pela programação, fico só esperando que meus amigos não a enfrentem tão cedo, porque parece que o público já foi convencido pela atitude dos jurados.
- Foto de Dafne Bastos/ TV Globo