Zeca Baleiro esquece letra, lê outra e celebra Sérgio Sampaio

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos

Zeca Baleiro por Chris FuscaldoUm dos campeões de audiência do Palco MPB, segundo o jornalista e apresentador Fernando Mansur, Zeca Baleiro transformou em farra a gravação da edição que inaugura a temporada 2014 do programa da rádio MPB FM. No palco do Miranda, na Lagoa (RJ), o maranhense esqueceu letra de música, leu uma outra e fez piada sobre a velhice ao responder à pergunta de uma das fãs que lotaram a casa: “O que tem te deixado a flor da pele?”

Zeca Baleiro por Chris Fuscaldo“Pro bom sentido, pouca coisa. Pro mal sentido, várias coisas me deixam a flor da pele. É a velhice”, brincou Zeca, falando sério.

Acompanhado de Tuco Marcondes, Zeca cantou “Calma Aí, Coração”, música que dá nome ao seu mais recente trabalho, e “Ela Não Se Parece Com Ninguém”, que rendeu uma pergunta capciosa de uma pessoa da plateia: “Em quem essa música foi inspirada?”

“As pessoas acham que tem que ter motivo pra tudo. Às vezes, tem”, brincou.

Zeca Baleiro por Chris FuscaldoEntre um sucesso e uma música nova, Zeca ironizou o showbusiness brasileiro de leve (“… do jeito que o showbusiness está…”) e emocionou ao lembrar de Sérgio Sampaio: ele lançou pelo seu selo, o Saravá, o álbum “Cruel”, com gravações deixadas pelo compositor brasileiro morto precocemente há 20 anos. Depois de seu depoimento, ele apresentou “Não Adianta”, de Sampaio.

Zeca Baleiro por Chris Fuscaldo“‘Cruel’ é um disco póstumo de voz e violão que ele deixou pra família e lancei pelo selo. Ele teve sucesso estrondoso nos anos 70, com ‘Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua’, uma marcha rancho que foi grito de desafogo na época da ditadura. Vendeu muito, como só artistas como Roberto Carlos vendiam, mas caiu no ostracismo depois. Triste. Ele era um grande sambista. Encontrei Paulinho da Viola na gravação do Sambabook do Martinho da Vila e ele disse que ficou encantado com o disco. Contei a ele que conheci o Sérgio no Circo Voador e sabia um pouco das preferências dele. Disse: ‘Ele te colocava como influência dele ao lado de Beatles. Onde ele estiver ele está feliz de ouvir isso'”, contou Baleiro.

IMG_0180Depois de parar “Maresia” porque seu instrumento desafinou, o músico começou a cantar “A Maçã”, de Raul Seixas, e precisou da letra. Mas, como tudo, ele transformou em brincadeira, arrancando risos. Depois de jogar o papel com o texto pra plateia, voltou a tocar a canção já gravada por Adriana Calcanhotto, mas não sem antes passar a letra a capella com a plateia o ajudando a lembrar. “Balada do Céu Negro”, “Vai de Madureira” e “Telegrama” também foram apresentadas. A última do show foi “Toca Raul”.

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