Metallica: ‘Through the Never’ não surpreende, mas é bom de ouvir

Posted by Camila Claro Category: Colaborações

A banda Metallica parece mesmo ser incansável. Detentora de grandes clássicos do metal, com 33 anos de carreira, já passou por algumas mudanças entre os integrantes – exceto no vocal agressivo de James Hetfield –, lançou seis EPs, nove álbuns de estúdio, quatro ao vivo, uma compilação e três boxes.

Em seu mais recente álbum, “Through the Never”, o grupo selecionou alguns clássicos de desde o começo da estrada e que também fizeram parte da trilha sonora do filme da banda, que leva o mesmo nome do disco. Sobre o filme, é válido comentar que de bom nele, só o show do Metallica mesmo, que foi gravado em três passagens pelo Canadá.

Esteticamente, este CD duplo ficou bastante interessante por conta de seu formato. Sua capa dobrável e ensanguentada (de mentira!) apenas reforçam o começo da carreira dos caras, quando a banda tinha um aspecto bem mais pesado. Como diria minha avó, será que era coisa da idade?

Dividindo oito faixas para cada disco, as gravações ao vivo remetem aos grandes fãs de Metallica, algumas passagens da banda no decorrer desses mais de 30 anos de carreira, mas, ao final, deixando aquela sensação de um gostinho de “quero mais”.

A primeira faixa, “The Ecstasy Of Gold” (1999), ganhou de presente a introdução de Ennio Morricone, “L’Estasi dell’Oro”, trilha sonora do clássico filme “The Good, the Bad and the Ugly” (“O bom, o Mau e o Feio”), estrelado por Clint Eastwood. A intro também é marca registrada da abertura de alguns shows da banda, como foi o caso da última apresentação no Rock in Rio 2013.

No CD 1, as músicas mais antigas são “Creeping Death”, “For Whom the Bell Tolls” e “Ride de Lightning”, do álbum homônimo lançado em 1984. O clássico “One”, de 1988, também está garantido, ao lado de “Wherever I may Roam” (1991), “Fuel” e “The Memory Remains” (1997).

Já no segundo disco, a primeira faixa é mais recente, “Cyanide”, do álbum lançado em 2008, “Death Magnetic”, que abre alas para as inconfundíveis “…And Justice for All” (1988), “Master of Puppets” (1986), “Nothing Else Matters”’ e “Enter Sandman” (1991). A mais antiga deste CD é “Hit the Lights”, de 1983, faixa de abertura do primeiro e também mais pesado álbum de todos da banda, “Kill ‘Em All”. “Battery” e “Onyon”, de 1986, completam o disco.

Este álbum é um presente aos fãs, mas sem qualquer novidade. A banda poderia ter feito uma edição maior, com mais músicas, afinal são mais de 30 anos de carreira. Estas 16 faixas ficam muito aquém do que o Metallica pode e ainda proporciona à sua legião de fãs. No mais, é sempre bom ouvi-los ao vivo.

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