Teresa Cristina resgata sucessos de Candeia na Lapa

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos

Quando Teresa Cristina surgiu na cena do samba carioca, percebeu-se que interpretar Paulinho da Viola era com ela mesmo. Depois do show que a cantora apresentou nesta quinta-feira (06/02), no Circo Voador, ficou claro que Candeia também combina muito bem com seu jeito de cantar. No palco da lona, a sambista resgatou sucessos da carreira de Antonio Candeia Filho, nascido em 1935 e morto em 1978, no Rio de Janeiro, e transformou em alegria até as letras mais melancólicas que marcaram a rica, porém triste história do bamba.

“Nova Escola” foi a canção escolhida para abrir o espetáculo, que tinha Teresa Cristina ao centro do palco e, ao seu redor, três vocalistas de apoio e oito músicos (entre eles, o diretor musical do show, Paulão Sete Cordas). “Luz da Inspiração”, bela canção já gravada pelo Grupo Fundo de Quintal, veio logo depois. Sucesso na voz de Clara Nunes, “Anjo Moreno” foi celebrada pela plateia, que se soltou e caiu no samba quando Teresa interpretou “De Qualquer Maneira”. O chorinho mais lento ficou por conta de “Saudade”.

“Nos anos 60, houve um grande movimento de revitalização do samba de raiz. Um grupo chamado Mensageiros do Samba tinha intuito de trazer o samba de volta”, disse Teresa, no palco, antes de apresentar duas canções do grupo de Candeia.

Teresa CristinaNo auge do show, Teresa pegou emprestada da plateia uma bandeira com as cores da Portela e a imagem de Candeia. Foi Selma, filha do sambista, quem entregou o tecido à cantora. Teresa esticou a bandeira, amarrou-a no pedestal do microfone, disse que não gostava que ela ficasse daquele jeito e acabou a colocando na mesa onde tinha seu copo de água. Nesse momento, Teresa interpretou a canção eternizada por Marisa Monte “Esta Melodia”. Mais pra frente, a sambista trouxe também do repertório da diva a canção “Preciso me Encontrar”.

Teresa cantou um samba do trabalhador que acreditou ser de Candeia e, mesmo descobrindo que não era, quis manter no repertório (ela só não disse o nome nem de quem é, deixando alguns curiosos). “Vai pro Lado de Lá”, “Lá Vai Viola” e “Não Vendo Nem Troco” também levantaram a galera, a quem Teresa pediu licença para cantar os sambas “mais cadenciados” (sugerindo que os casais dançassem coladinhos): “Ilusão Perdida” e “Sorriso Antigo” foram alguns deles.

Também foram apresentadas, no Circo Voador, a parceria de Candeia e Wilson Moreira chamada “Me Alucina”, a batucada “Zé Tambozeiro” e “Camafeu”, sucesso na voz de Martinho da Vila. Foi em “Sinhá Dona de Casa” que Teresa apresentou a banda e celebrou até a plateia: “Paulão é de Deus… A plateia é de Deus…”, cantou. Uma das canções que encerraram o show foi “O Mar Serenou”, mais uma eternizada por Clara Nunes.

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