O Terço leva seu show 3D e batiza cerveja em palco carioca

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos

No fim de semana em que o rock progressivo toma conta do Rio de Janeiro – no CCBB, um festival está trazendo até o grupo italiano Premiata Forneria Marconi -, a banda O Terço programou duas apresentações no Teatro Rival Petrobras. Uma acontece neste sábado (01/02). A de sexta-feira (31/01) foi mágica, com fãs de todo o Brasil cantando junto com a letra interpretada por Flávio Venturini e/ou vibrando com os acordes de guitarra de Sérgio Hinds ou com as firulas de baixo de Sérgio Magrão. Acompanhado pelo baterista Fred Barley, o trio apresentou sucessos da carreira em um show cheio de novidades. A maior delas foi o 3D: durante todo o espetáculo, no telão ao fundo do palco, imagens colocavam a logo da banda, os próprios músicos e elementos da natureza em três dimensões. A outra foi o lançamento da cerveja Terço.

Óculos 3D O TerçoOs óculos 3D foram distribuídos na entrada. Lá dentro, a impressão era de havia uma, depois duas e, com os óculos, três dimensões no palco do Rival. Quando apareciam os músicos no vídeo, dava a sensação de que tinham duas bandas no palco. As imagens não eram muito bonitas, mas imagino que o tempo e a energia dedicados aos vídeos possam ter sido gastos na tecnologia mais do que na estética.

O palco d'O Terço com os óculos 3D e sem

O palco d’O Terço com os óculos 3D e sem

Aliás, estética não foi o ponto alto. O palco em si estava super escuro, deixando um pouco aquela vontade de experimentar mais luzes e cores. Pensando bem… Ah, gente… é uma banda de rock progressivo de uns caras já mais velhos. “Mais velhos”, nesse caso, significa experientes e muito bons no que fazem. Não estamos falando de nada parecido com o que se vê hoje em dia. Esse show me fez ver que a juventude atual está muito mal acostumada: os espetáculos têm roteiro, iluminação, cenário e figurinos incríveis, mas a música é uma merda. No Rival, a música era o que tinha que ser: a coisa mais importante (porque era boa pra caramba)!

Cerveja O TerçoNo meio do show, Sérgio Hinds chamou ao palco um cara, que colocou cerveja no copo dos músicos. Tratava-se da O Terço, a nova cerveja “in natura”, feita de puro malte, que leva o nome da banda e foi fabricada por uma cervejaria artesanal de Santa Catarina. Como essa não é minha especialidade, fui buscar na internet informações para entender o que faz a loira ser tão gostosa (eu pedi uma para provar, claro): “In Natura é uma cerveja pilsen, porém não filtrada, de cor amarelo dourado e levemente turva. De corpo firme, cremoso, de paladar expressivo e com notas suaves de frutas tropicais, tem 5,2% de teor alcoólico.” Foi divertido ver os fãs levantando o copo para brindar o momento.

5TerçoO Terço surgiu no Rio de Janeiro, em 1968, e teve várias formações, sendo Sérgio Hinds (guitarra, viola e vocal) o único que passou por todas. Sérgio Magrão (baixo e vocal) entrou para a banda no início da década de 70. Logo depois, em 1974, Flávio Venturini (piano, teclados e vocal) foi indicado para integrar o grupo, que tinha também o já falecido Luiz Moreno na bateria.

O TerçoDe “Criaturas da Noite”, o primeiro disco gravado com essa formação e um dos mais aclamados da banda, eles trouxeram para o palco do Rival o sucesso “Hey Amigo”, “Jogo das Pedras”, “1974”, “Ponto Final” e a faixa-título, que na versão original tem arranjos de orquestra do maestro Rogério Duprat (aquele que ajudou a fazer a Tropicália existir). Dos outros 15 álbuns, a banda que chegou a fazer carreira no exterior apresentou “Pássaro”, “Casa Encantada”, “Flor de la Noche”, “Tributo ao Sorriso”, “Antes do Sol Chegar” e “PS Apareça”, entre outras.

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