Com título inspirado nas frases de Pedro Bial durante as eliminações do “Big Brother”, o primeiro CD da Banda Tereza será lançado neste sábado (15/09), no Teatro Rival Petrobrás. “Vem Ser Artista Aqui Fora” é despretensioso, segundo Mateus Sanches (guitarra e teclado), João Volpi (baixo), Sávio Azambuja (guitarra e teclado), Rodrigo Martins (bateria) e Vinícius Louzada (vocal). No repertório do disco e no set list do show, que será parte do evento organizado pela College Rock Party, estão músicas como “Vamos Sair prá Jantar”, “Sandau” e “Um Dia Inteiro”. Todo o público presente receberá o CD de estreia da banda. A festa começa às 23h e o Teatro Rival fica na Rua Álvaro Alvim, 33 / 37, Cinelândia. O ingresso custa R$ 50 (com meia entrada para estudantes, idosos e professores da rede municipal), R$ 30 para os 150 primeiros, R$ 25 mediante a filipeta elaborada pela produção da festa e R$ 20 com nome na lista amiga.
Há quanto tempo a Tereza está na estrada e o que vocês acham que já aprenderam com isso?
A Tereza está na estrada há três anos. Sem dúvida aprendemos muito, pois optamos por realmente botar o pé na estrada, sentíamos que antes de gravar o “Vem Ser Artista Aqui Fora” precisávamos nos conhecer como músicos.
Por que o nome Tereza?
A Tereza era a menina mais bonita do nosso colégio, o colégio inteiro era apaixonado por ela. Era o que tínhamos em comum além do gosto pela música.
O que querem dizer com “Vem ser artista aqui fora”?
É a frase que o Pedro Bial costuma usar para eliminar os participantes do BBB. Por exemplo, se um participante fez muita fofoca durante o programa, ele diz: “Vem ser fofoqueiro aqui fora, fulano.” Quando pensamos nessa frase, quisemos usá-la na hora. Ela contribuiu muito para o conceito light do CD, deu um toque de despretensão que nos agradou. Tem uma outra brincadeira com o nome também: sabemos que o nosso gênero musical é mais valorizado fora do Brasil, tanto que tem tanta banda que prefere cantar em inglês. Mas sempre optamos por escrever em português, apesar das dificuldades. Confiamos que tem público para isso no Brasil. Então tem esse lado desabafo, não queremos ser artistas “lá fora”.
Há sarcasmo em certas letras, como “Sandau”. Há sarcasmos nos ensaios, shows, na vida de vocês?
No caso da “Sandau”, a gente quis falar de um tema muito recorrente na vida dos cariocas. Dá pra ver que é uma história bem clara: o cara se enfia num busão lotado, em pleno feriado, 40 graus rolando. Tudo para pegar uma praia, pegar uma menina. Nos aproveitamos de referências que nos remetem a essas sensações, o hit do Skank tocando na rádio, o cheiro de protetor solar, a dificuldade de pegar uma van na volta da praia. Sim, você pode chamar a música de divertida. Mas tem um outro lado, uma dobradinha humor/angústia. A gente curte esse contraste. Tentamos deixar isso claro tanto na melodia quanto na letra das músicas. Somos capazes de escrever um verso inteiro cheio de referências pop como É O Tchan e depois entrar numa onda “acônico retórico é o seu olhar”. Isso está claro também em “Adultos São Crianças” e “Vamos Sair Para Jantar”.
O que inspira vocês na hora de compor?
Pode ser tudo. Um livro, uma fotografia e, às vezes, até uma frase de novela. No caso de “Adultos São Crianças”, vimos dois coroas abraçados e pulando durante o show da Shakira no Rock’n’Rio.
Vocês rotulam sua música?
Não, isso fica muito a cargo de quem escuta. Tocamos e gravamos o que nos faz sentir à vontade.
A banda tem um formato de show ou costumam diversificar no palco?
No momento estamos diversificando bastante e ainda estamos nos adaptando a esse novo formato de apresentação. Tentamos fazer com que cada show seja uma experiência boa e diferente para o público.
O que vocês estão preparando para o show do dia 15?
Tocaremos o “Vem Ser Artista Aqui Fora” na íntegra e o resto são surpresas e fogos de artifício! Será uma festa memorável.