Maria Rita celebra Elis Regina em turnê

Noite de segunda-feira, 19 de março. Vivo Rio lotado. É dia de “Nivea Viva Elis” para convidados. Neste  show, Maria Rita homenageia Elis Regina com nada menos que 28 músicas do repertório da estrela que “voltou” para o céu em 1982. No Rio de Janeiro, ela recebeu artistas (globais ou não) e jornalistas para mostrar o espetáculo que levará sábado (24/03) a Porto Alegre, a Recife dia 1º de abril, a Belo Horizonte em 08/04, a São Paulo no dia 22 e ao Rio de Janeiro em 29/04. Desafiou a si mesma dizendo à plateia que não sabia quantas músicas ia durar. E desabou em lágrimas em “Se Eu Quiser Falar com Deus”, 17ª canção do set list, um clássico de Gilberto Gil capaz de fazer outras pessoas menos envolvidos com a homenageada chorarem também.

Maria Rita provou que superou o trauma da comparação, fantasma que a perseguiu no início de sua carreira. Mas, como é melhor prevenir do que remediar, achou por bem deixar seu recado aos engraçadinhos que quisessem sair de lá dizendo que Elis era melhor ou pior.

“O mais importante é que seja percebido ou pelo menos intuído que isso é  única e somente uma homenagem a maior cantora que o país já teve”, declarou Maria Rita.

Acompanhada por Thiago Costa (piano e teclado), Sylvinho Mazzucca (baixo acústico e elétrico), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria), Maria Rita interpretou “Arrastão”, “Como Nossos Pais”, “Águas de Março”, “O Bêbado e o Equilibrista”, “Tatuagem”, “Alô Alô Marciano”, entre tantos clássicos. Lembrou que eram ídolos de Elis Regina a cantora Ângela Maria, o cantor Cauby Peixoto e o maestro Tom Jobim e comentou que Milton Nascimento foi um grande amigo de sua mãe. Para cada inserção de informação, vinham músicas relacionadas. De Bituca, ela cantou “Morro Velho”, “O que Foi Feito” e “Maria Maria”. O bis ficou por conta de “Fascinação”, “Madalena” e “Redescobrir”.

Resenha:

Abre a cortina, entram Thiago Costa (piano e teclado), Sylvinho Mazzucca (baixo acústico e elétrico), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria). A silhueta de Maria Rita logo ganha luz e, ainda tímida, ela canta “Imagem”:

“Bom, ai que bom é ver vocês
E cada vez que eu volto é pra dizer
Que ser ter vocês
Sem ter vocês
Não sou ninguém”

Sim, Maria Rita é alguém. É alguém que muitas vezes utiliza trejeitos da mãe. E não forçadamente, visto que até sua voz chega a parecer a de Elis. No início de sua carreira, há quase dez anos, Maria Rita rejeitou as comparações. Mas aos poucos foi se acostumando, amadurecendo a ideia de que, sem Elis, talvez ela não fosse nada. Interpretando, clássicos como “Arrastão”, “Como Nossos Pais” e “O Bêbado e o Equilibrista”, no Vivo Rio, pela primeira vez se viu uma cantora segura de seu caminho e de suas escolhas.

“O mais importante é que seja percebido ou pelo menos intuído que isso e única e somente uma homenagem a maior cantora que o país já teve”, declarou.

Maria Rita tinha quase cinco anos quando Elis Regina faleceu. Ela contou, durante o show, que ouviu e leu muito sobre a mãe. A cantora comentou que ouviu ela dizer que tinha três ídolos: Ângela Maria, Cauby Peixoto e Tom Jobim. E entoou três clássicos do repertório desses músicos, respectivamente: “Vida de Bailarina”, “Bolero de Satã” e “Águas de Março”. Mais para o fim do show, lembrou que Milton Nascimento era um grande amigo de Elis.

“Minha mãe dizia que se Deus tivesse uma voz seria a de Milton”, comentou antes de cantar “Morro Velho”, “O que Foi Feito” e “Maria Maria”.

“Se Eu Quiser falar com Deus” foi o ponto alto do show, com Maria Rita cedendo às lágrimas. A cantora mexeu com os sentimentos mais primitivos dos seus fãs pouco antes de interpretar a canção de Gilberto Gil, ao desabafar sobre seus questionamentos sobre sua vida sem sua mãe: “Quais seriam as lições que teria dado? E as broncas?”

Com “Zazueira”, ela levantou a plateia e “Alô Alô Marciano” mostrou que a espontaneidade e a intimidade com o palco estão no DNA. O bis ficou por conta de “Fascinação”, “Madalena” e “Redescobrir”.

Fotos de Marco Amarelo

Datas e locais da turnê NIVEA Viva Elis com Maria Rita

24 de março – Porto Alegre
Local: Anfiteatro Pôr-do-Sol – Av. Edwaldo Pereira Paiva, s/n. Parque Maurício Sirotsky Sobrinho – Praia de Belas
Hora:16h
Entrada gratuita

01 de Abril – Recife
Local: Parque Dona Lindu – Praia de Boa Viagem (acesso principal) – Boa Viagem
Hora:16h
Entrada gratuita

08 de Abril – Belo Horizonte
Local: Parque das Mangabeiras – Rua Caraça, 900 (acesso principal) – Mangabeiras
Hora:16h
Entrada gratuita

22 de Abril – São Paulo
Local: Auditório do Ibirapuera –  Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n. – Moema
Hora:11h
Entrada gratuita

29 de Abril – Rio de Janeiro
Local: Aterro do Flamengo – R. Buarque de Macedo, s/n. – Flamengo
Hora:16h
Entrada gratuita

 

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