Regente, violonista e intérprete, Rodrigo Ferreira lança ‘Mar de Roça’ em palcos cariocas

A música brasileira não tem do que reclamar. Ainda mais quando aparece um artista como Rodrigo Ferreira querendo fazer parte da cena. Cidadão de todos os lugares e profissional a serviço da tão requisitada música do nosso país, esse baiano criado no Piauí e radicado no Rio de Janeiro acaba de lançar seu primeiro álbum, “Mar de Roça”, já regado de experiência. A faixa-título já classificou o músico para o festivais e o levou a rádios, programas de TV e muitos palcos. Esta semana, ele estreia seu novo repertório em palcos cariocas, com shows nesta quinta-feira (08/03), no Centro Cultural da Justiça Federal, e sexta (09/03), na Casa de Cultura Elbe de Holanda. No dia 16, ele se apresenta no Centro Cultural Artipura.

Maestro, violonista de primeira e cantor, Rodrigo Ferreira começou a tocar aos oito anos e, dos nove aos 14, “profissionalmente”, passou a atuar nas missas de uma Igreja da cidade piauiense de Piripiri. Nessa época, recebia aulas de musicalização com o frade alemão Fritz Zilner. Na adolescência, fundou a banda Sírius e, aos 15, passou a dar aulas de violão e se apresentar em festas e bares da cidade. Sua primeira experiência em um festival aconteceu em 1996, em Piripiri: Rodrigo conquistou o terceiro lugar. Aos 16, partiu para a capital, Teresina, onde acompanhou o cantor e compositor Machado Junior, a banda B-R-O-BRÓ e a cantora Solange Leal.

Rodrigo Ferreira cursou Licenciatura em Educação Artística, com habilitação em Música na Universidade Federal do Piauí. Na faculdade, fundou a banda Suarabáct, que tinha repertório instrumental e algumas canções dos Beatles. Nessa mesma época, entrou para o coro do maestro Reginaldo Carvalho, pupilo de Villa-Lobos, e passou a reger corais de Teresina. Rodrigo exerce essa prática até hoje, no Rio de Janeiro, para onde veio quando foi aceito no curso de Regência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Hoje, ele atua como regente nas Oficinas de Canto Coral do Projeto Segundo Turno Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro.

“Mar de Roça”, a música, mistura a água com seca, como só um bom nordestino é capaz de fazer. Logo no início, o músico recita duas frases poéticas: “Minha vida é canoa no mar vagando nessas águas sem fim / Eu, pescador, teimo em navegar neste mar que há dentro de mim”. “Mar de Roça”, o disco, mostra como Rodrigo aplica o violão erudito que estudou à música popular brasileira. A faixa de abertura, “Comparsa”, mostra influências diversas e poderia estar em qualquer rádio de MPB de qualquer lugar do país, caso Rodrigo não fosse uma artista independente, que assumiu a produção musical e os arranjos de todas as músicas do disco, além de ser o compositor de todas elas.

O álbum traz o violino de Felipe de Oliveira, que em 2009 levou o prêmio de melhor instrumentista junto com Rodrigo no festival nacional da canção de Colatina (ES). Em 2011, a dupla foi premiada com o primeiro lugar no festival Artipura (RJ) saiu com o segundo lugar no FESTSAQUÁ em Saquarema (RJ). Vale lembrar que, como melhor intérprete, Rodrigo foi premiado cinco vezes, entre elas no II FEMPOESPI, em 1997, e no II Festival de Música do Monte Castelo, em 2001.

No disco, a percussão é de Zé Leal e o baixo é de Fernando Souza em “Artesão”, “Dalva Estrela”, Domador”, Mar de Roça”, “Os Quatro” e “Retiro” e de Ruben Meireleles em “Comparsa” e “Vão Profundo”. A flauta doce de “Domador” de Byafra, assim como a voz que faz dueto com Rodrigo na música. Rodrigo e Byafra se conheceram em 2007, quando gravou sua primeira demo, com nove faixas. A dupla compôs em parceria mais de dez faixas.

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