A banda carioca Djangos lança seu novo trabalho “Mundodifusão” com mais mistura de sons e participações pra lá de especiais de Amora Pêra, João Xavi, Lazão, Marcelo Yuka e Jomar Schrank. Com Marco Homobono (voz / guitarra), Carlyle Diniz (baixo / voz) e Jj Aquino (bateria / voz), a banda vai fazer turnê por alguns estados brasileiros e, apesar de terem acrescentando mais ritmos ao seu trabalho, continua com suas raízes no ska e no reggae, que estão o “DNA da banda”, como disse o baterista João Aquino em entrevista ao GarotaFM.
Fale um pouco sobre o CD “Mundodifusão”. Quais são as maiores influências?
Passamos por um período de mudança de som. A gente estava procurando uma nova sonoridade sem deixar as influências que a gente sempre teve do ska e do reggae. Então, independente do que nós iríamos fazer, isso seria uma base da nossa influência e nisso a gente estava escutando um monte de coisa, uma série de sons que tinham outros elementos de reggae, coisas que nós estávamos pensando em fazer, pegamos músicas do Oriente da índia, coisas dessa influência que a gente trouxe pro nosso som. Esse é nosso segundo disco e no meio nós lançamos algumas coisas, lançamos algumas demos, participamos do “Sepultura inédito”, nós ficamos nesse hiato fazendo essas coisas. Fizemos antes também um clipe brinde aos Paralamas, e fizemos também “Dos Margaritas”, tipo um videoclipe.
Fale um pouco sobre as participações especiais nesse disco.
Nós tivemos o João Xavi, um rapper de Volta Redonda com quem já tínhamos trocado ideia e a gente achou legal que ele participasse do disco até pelas afinidades musicais que nós tínhamos. Tem a Amora Pêra, que é filha do Gonzaguinha… Eu já tinha visto o show dela com as Chicas e gostei muito do trabalho dela. O Yuka é o produtor do disco e teve essa sacação de chamar a Amora para cantar a música “Comportamento Geral”, que a gente escolheu pra entrar no repertório. E acabou caindo como uma luva, pois a interpretação dela foi linda. Todo mundo no estúdio se emocionou muito com a participação dela e até hoje a gente escuta e pensa: “Caramba! É uma música forte.” Teve o Lazão, do Cidade Negra, participando em “Imigrante Ilegal”, que a gente sempre pensou enquanto estávamos fazendo a música: “Pô, cara, parece que cai como uma luva o Lazão cantando essa parte.” Fora as pessoas que estavam envolvidas na gravação do CD, o Marcelo Yuka que é o produtor e participou de uma demo atrás, ele já estava trabalhando com a gente nesse disco a um bom tempo e ele participou tocando algumas coisas também, além de participar dos vocais. Teve o Jomar Schrank tocando vários instrumentos também que estava junto com a gente lá participando das gravações e ele levou várias coisas de guitarra e teclado. Enfim, essas são as participações que deram o recheio do bolo do CD.
E em relação ao primeiro disco, o que você acha que tem de diferente em “Mundodifusão”?
Acho que todo mundo sempre falou da nossa mistura de som, mas esse disco é bem mais mistura, porque o primeiro estava muito focado no ska, que ainda é nossa influência. Nesse, tem ska e reggae também. Acho que é nosso DNA, mas tem muito mais mistura. Acho que essa é a grande diferença. Tivemos mais cuidado com as letras também e com qual música ia encaixar dentro desse repertório. Foi um hiato bem grande de um disco para o outro e a gente compôs muita música mesmo.
O processou de gravação levou um ano um ano e meio?
Gravamos durante mais ou menos um ano. Depois a gente mixou e, nesse meio tempo, fizemos uma coisa importantíssima, que foi a capa do disco. Raul Mourão e Quito fizeram a capa do disco e o legal foi que eles pegaram a concepção, escutaram… Isso foi bacana! Aí masterizamos… Vamos colocar dois anos aí, né? Porque foi um processo bem nosso mesmo, a gente arregaçou as mangas e foi um processo um pouco lento, mas, agora está tudo muito mais rápido pra gente depois que o CD sai é outra etapa.
Fala um pouco sobre a historia da banda? Como vocês se conheceram?
Foi um lance meio casual, nós éramos moleques saindo do colégio e eu conheci um amigo que conhecia outro em comum e acabou a gente se encontrando e formamos a banda. Aí, teve o processo e acabou. Depois voltamos a nos encontrar, eu e o Gilmar, numa formação diferente e começou a dar o pontapé inicial. Aí, mais tarde, saiu o baixista, até chegar a essa formação que é agora com Lyle Diniz no baixo e aí, nós começamos a fazer um demo. Na verdade foi uma junção de coisas. O Lyle é o meu primo, a gente já se conhecia por parte de família mesmo e ele tocava baixo numa outra banda e acabou a banda dele. E nessas coisas que acontecem com as bandas, todo mundo se encontra, todo mundo toca com todo mundo. Aí, acabou a gente fechando nesse formato, esse trio. Mas, começou meio coisa de colégio, mais ou menos aí uma coisa familiar e colegial.