‘Promoção ainda é o maior problema do mercado independente’, diz criador da Melody Box

Posted by Chris Fuscaldo Category: Entrevistas

O evento produzido pela Melody Box (conheça) no Circo Voador mostrou que a música brasileira tem sim novos talentos. O que falta é o público prestar atenção ou se conectar mais e, dessa forma, ficar mais antenado ao que rola na rede. Impressionante, por exemplo, a banda baiana Maglore ter ganhado coro em TODAS as músicas que apresentou no MB Ao Vivo, realizado nesta quinta-feira (19/05), na casa de shows da Lapa. Legal também foi ver João Brasil, diretamente de Londres, trazendo seu som para discotecar na festa, e o Brasov colocando a turma pra dançar. Damm, O Quarto Azul, Drops 96… teve muito mais.

Aqui, veja algumas fotos do evento e, mais abaixo, leia entrevista com Fernando Jardim, um dos criadores da Melody Box.


GarotaFM: Como surgiu a ideia da Melody Box e o que vocês precisaram fazer para colocá-la no ar?

Fernando Jardim: Decidimos montar uma produtora. Porém o grande desafio na época era quais artistas iríamos contratar e qual seria a estratégia para promovê-los. As novas tecnologias trouxeram liberdade para os artistas com relação à gravação e distribuição, mas a promoção ainda é o maior problema do mercado independente. Como promover o artista de forma acessível e principalmente constante? A inteligência por trás da MB busca justamente resolver esse problema. Os usuários do site nos apontam quem são os artistas que eles mais gostam e nós motivamos eles através dos prêmios a nos ajudarem na promoção. De forma bem básica, montamos com as ferramentas da internet um boca a boca acelerado. O maior desafio é fazer as pessoas comprarem a ideia e aderirem a rede. Precisamos concentrar em um único lugar a nova geração de músicos brasileiros, para que os interessados em boa música saibam onde achá-los. A internet é muito grande, está tudo muito perdido por aí. Só assim o projeto passa a fazer sentido. Quanto mais gente aderir, maior será a força que a rede vai ter, principalmente no mundo off line.

GFM: Qual é a formação de vocês, os sócios? Me fale um pouco sobre cada um?

FJ: Joana Carneiro se formou pela Goldsmiths College em Mídia e Comunicação e fez mestrado na London College of Communication em Marketing. Eu, Fernando Jardim, sou empresário da área de telecomunicações. Apesar de nunca ter trabalhado de forma direta com música, trago uma experiência de muitos anos como administrador de empresas. Além disso, fui músico na adolescência, conheço muitos músicos, e, através deles, vinha acompanhando há muito tempo os processos de mudanças no mercado da música, imaginando junto com eles qual poderia ser um novo modelo viável.

GFM: Como vocês se descobriram parceiros nessa empreitada?

FJ: Amigos em comum nos apresentaram. Trocamos ideias e vimos que tínhamos pensamentos muito parecidos a respeito de para onde o mercado deveria seguir.

GFM: Qual foi a maior inspiração para a criação deste projeto?

FJ: Pesquisamos diversos sites e novos modelos de negócio estrangeiros. Não teve um específico que nos serviu de inspiração, até porque o que funciona lá fora não necessariamente funciona aqui. A MB é na verdade um pedaço de cada um deles em um formato adaptado ao mercado nacional.

GFM: Há quanto tempo o site está no ar? Qual era a sua expectativa antes e o que pode dizer do retorno agora?

FJ: Estamos em fase de teste para convidados desde julho de 2010. Mas apenas em março desse ano abrimos para acesso de qualquer pessoa. Aprendemos muito na fase de teste, mas a verdade é que esse projeto vai estar em constante mutação e amadurecimento. Mas estamos tendo um aceitação acima das nossas expectativas!

GFM: Quais são os projetos para fazer da Melody Box a maior referência?

FJ: Os que oferecemos fora da internet. O MB ao Vivo por exemplo. Nossa maior preocupação é não ficar apenas no online. Outro grande diferencial do site é trazer os profissionais do mercado para participar da rede. Estamos constantemente atrás de parceiros que possam trazer oportunidades reais para os artistas além das que a gente oferece diretamente.

GFM: “A” Melody Box ou “o” Melody Box? Por que?

FJ: Chamamos “A Melody Box” por ser “A rede melody box”.

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