‘Se você não envolve as pessoas no palco, nunca será capaz de envolver a audiência’, diz Mika, que fez o melhor show do Planeta Terra

Posted by Chris Fuscaldo Category: Trabalhos Tag:

mikaPara quem foi ao Planeta Terra no sábado passado esperando para vibrar com Phoenix ou Smashing Pumpkins, como eu, a surpresa foi maior quando Mika subiu ao palco. Figurinos, uma banda incrível e projeções nas laterais do palco fizeram do show do músico libanês radicado em Londres o melhor do festival. Ele não saiu menos “tocado” de São Paulo. Apreensivo sobre como seria recebido em um país de qual não tem retorno (sobre sua carreira), Mika não acreditou quando se deparou com uma plateia vibrante, que ou cantava suas músicas ou mostrava grande interesse em mergulhar em sua obra. No dia seguinte, ele ainda estava em êxtase. Veja o que contou durante entrevista, que em breve será publicada na íntegra na revista Megazine (O Globo):

GarotaFM: O que você esperava do show e o que sentiu quando estava em cima do palco?

Mika: Eu não sabia o que esperar, estava nervoso. Sempre escutei falar sobre o Brasil, sempre ouvi dizer que seria incrível tocar aqui. As pessoas sempre falavam que eu devia vir. É um país grande e é tao difícil por causa da distância… Para saber se daria certo e se as pessoas conheceriam minha música… Eu nunca tinha vindo pra América, além de Estados Unidos. Sei que meus discos foram lançados aqui, mas não dava para ter ideia do resultado, porque é tudo tão grande. Não é um país pequeno como a Suíça, onde dá para saber se as pessoas gostam da música.  Também não tinha como saber se ia ser legal porque era um festival, no qual muitas bandas grandes iam tocar. Eu estava pensando tipo: “O que devo fazer?” Quando pisei no palco e toquei a primeira música, falei: “Isso vai ser legal”. Eu vi pessoas olhando para mim com curiosidade e se entregando ao show. Eu vi que seria capaz de fazer uma ou duas horas de show sem perder a atenção deles. Me senti sortudo de poder fazer aquele show ali.

GFM: Você fez só uma hora de show… Acha que poderia ter sido maior?

M: Eu senti na hora que tinha que ter feito uma hora e meia de show no mínimo! (risos) Fomos os únicos do festival a projetar em torno do palco. Eu trouxe esse cara de Londres. Cinco dias antes, liguei para ele falando: “Você vai me matar, mas temos a chance de fazer uma coisa muito legal. São 200 metros de tela. É daqui a cinco dias, em São Paulo”. Coletei trabalhos de estudantes de todo mundo, que desenharam músicas minhas.

GFM: Além desses trabalhos dos estudantes, você levou gente da plateia para o palco (durante o show, pessoas fantasiadas dançaram ao lado do músico). Fale dessa interação com seus fãs?

M: O melhor show é aquele ao qual você não só assiste, mas sente que faz parte dele. Gosto de trazer as pessoas para o palco.

GFM: Sua backing vocal, por exemplo, fica o tempo todo na frente, do seu lado…

M: Ela está sempre na frente. Eu tinha duas cantoras. Elas se vestiam, iam pro meio do palco e tinham que fazer coisas. É um trabaho de grupo. Se você não envolve as pessoas que estão no palco, você nunca será capaz de envolver a audiência.

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