Leia a matéria publicada no site O Globo em 09/10/2010.
RIO – Menos de um mês antes de fazer uma parada no Brasil, o guitarrista do Queens of The Stone Age não sabia o repertório que a banda planejava trazer para o show de segunda-feira, no SWU Music and Arts Festival. Ao falar com o jornal O Globo, por telefone, Troy Van Leeuwen tinha apenas uma certeza: de que nenhum integrante da banda pretende, no festival que acontecerá em Itu de hoje a segunda, superar o que o ex-baixista Nick Oliveri fez, em 2001, quando o QOTSA se apresentou na tarceira edição do Rock in Rio. Na época, Troy não fazia parte da banda. Mas saber que o parceiro foi preso o deixou meio “traumatizado”.
– Isso aconteceu um pouco antes de eu entrar na banda. Eles (os outros integrantes) me contaram que nosso amigo Nick perdeu suas calças ao longo do caminho, durante a performance, e a polícia o levou. Parece que, no dia seguinte, foi a maior história do jornal… Nick fez sua parte: tirou a roupa. E algumas pessoas amaram. Mas seria bobo repetirmos algo assim. Foi bom poder tocar com Nick. Ele é divertido, mas também um pouco destrutivo – analisou Troy.
A banda anda mais calma, garantiu Van Leeuwenm. Mas que os fãs não esperem um show sem graça. Pelo menos o guitarrista, em sua estreia no Brasil, espera encontrar uma plateia quente como a que viu nos vídeos publicados no Youtube que mostram o Queens Of The Stone Age no Rock in Rio.
– Achei a plateia completamente insana no Rock in Rio. Os fãs são super apaixonados! Estou muito animado! É necessário fazer um balanço entre musicalidade e maluquice, sem sairmos do nosso eixo. E nós estamos focados na música mais do que tudo, nesse momento. Mas nossos shows ainda são muto interessantes e também um pouco perigosos… – brincou.
Apesar de não conseguir citar nomes de canções que estarão no roteiro, Troy adiantou que o show no último dia do SWU deve ser mais focado nos hits da banda.
– Não temos de fato um repertório. A gente gosta de tocar tudo o que pode e quer. Mas na última viagem à Europa, tocamos em festivais e nos demos conta de que há muitas músicas que as pessoas realmente querem ouvir. São aquelas que chamamos de hits. E isso é novo pra gente, porque temos essa mania de tocar muito minutos de músicas que ninguém conhece. Às vezes sete minutos, às vezes dez… Vamos ficar atentos para não irmos longe demais no Brasil – contemporizou.
Do país, Troy conhece “pouco”:
– Sei que tem carnaval e muita bunda. Gostaria de saber mais do que isso sobre o Brasil…
Na volta para casa, a banda liderada por Josh Homme vocal, guitarra e baixo) deve começar a pensar no álbum que planeja para 2011. Este ano, “Rated R” completou dez anos e ganhou uma versão deluxe.
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