Não tem como falar sobre a turnê da ECT (Eu, Chris e Taís) por São Paulo e deixar de contar alguns episódios que, se um dia a banda ficar famosa, serão com certeza incluídos em sua biografia (tudo está registrado em vídeo). Cada integrante teve a sua consagração nesta viagem de uma semana à terra da garoa. Algumas histórias não devem e/ou merecem ser comentadas neste blog. Mas a de Serjão… ah, essa vai ganhar um espaço especial.
Nosso baixista saiu do Rio de Janeiro chamando-se Sérjão Allaude. Leia assim mesmo, como está escrito: com o “e” super acentuado, o “ão” perdendo a força, e o “au” de Allaude completamente morto. Tudo começou quando, atualizando o release da banda duas semanas antes de Sampa, perguntei a Taís Salles – idealizadora do projeto junto comigo e minha parceira constante de Messenger – se Allaude tinha acento. Eu queria tirar a prova, já que todo mundo chama o cara de Allaúde, mas na tatuagem do braço dele não tinha acento. Um minuto depois, Taís responde: “Espera que ele está pensando.” Chorei de rir e liguei até a webcam para ela ver o estado em que fiquei. “Bicho”, pensei, “o cara tem 20 anos de carreira, uma tatuagem no braço e ainda não decidiu seu nome artístico?” Daqui a pouco, ela volta: “Chris, é Sérjão Allaude.” Quase caí da cadeira! O nome é cheio de acento e o sobrenome não tem nenhum. Hahahaha… Óbvio que não levei a decisão dele em consideração e escrevi da maneira mais correta: Serjão Allaúde. Sabia que ele mesmo ia acatar a sugestão. Depois do ok, claro, a história virou piada. E ficou combinado que, em São Paulo, acentuaríamos aquela tatuagem e mudaríamos para sempre o destino de Serjão.
Depois de entrarmos na Rua Augusta a 120 por hora (primeiro dia), a 160 por hora (segundo dia) e a 200 por hora (terceiro dia), chegou o momento de visitar a Galeria do Rock, no Centro de São Paulo. Era o grande dia do acento! Roda aqui, procura loja de tattoo ali… encontramos Wagner, um gaúcho gente fina que fez uma proposta indecente: “O valor mínimo para abrir o material é R$ 60. Por que você não faz uma tattoo pequena, para valer o preço, e eu te dou o acento?” Muitas dúvidas na cabeça de Serjão, mas bastou sugerir de fazer o contorno de um contrabaixo e de eu e e Taís dizermos “Você vai acentar o Allaude” para ele aceitar. Fomos nós registrar o momento em foto e vídeo.
Serjão passou a ser Allaúde depois da turnê da banda por São Paulo. E essa foi a grande consagração do nosso baixista, que, se um dia teve dúvida de se fazia parte da ECT (Eu, Chris e Taís), agora, depois de dividir esse momento tão íntimo com as mentoras do projeto, não tem mais.
Veja o momento em que Serjão virou Allaúde:
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One thought on “O dia em que o baixista da ECT (Eu, Chris e Taís) virou Serjão Allaúde, com acento”