Em tempos de Festival do Rio, nada melhor do que imergir de vez no universo do cinema mesmo quando o assunto é música. Que tal, então, ouvir clássicos da telona ao vivo? É com repertório baseado nas grandes trilhas sonoras da história da cinematografia mundial que a banda Bondesom se apresentará em mais uma edição do Cinebonde. O show acontece nesta quinta-feira (01/10), no Posto 8, em Ipanema.
Abaixo, uma entrevista com os músicos:
GarotaFM: Quando e como surgiu o projeto?
Lucas Reis (tecladista): Fomos convidados para inaugurar um festival de cinema, encomendaram que tocássemos trilhas de filme. O Bonde tinha um grande hit que era a adaptação da trilha do jogo de videogame Mario Bros. Mas o projeto seria bem diferente do que é. Aí veio o Thiago, nosso produtor, com a ideia de projetarmos vídeos e de chamarmos o Juliano.
Juliano Gomes (VJ): Acho que foi muito a partir do lançamento disco do Bondesom no Circo Voador, quando me chamaram pra projetar. Acabou dando bastante certo e deixando um desejo de levar esta onda de música+imagem mais a fundo.
GFM: Por que o nome Cinebonde?
JG: Tem um motivo mais óbvio, que é a adição do Cine ao Bonde, como referêcnia ao BondeSom, mas também uma referência às imagens e movimentos mesmo… o cinema “nasce” quando o homem olha pela janela do trem em movimento… nasce o movimento chamado de “travelling”. A gente quer retormar este sentido de viagem mesmo, de arte como forma de deslocamento, daí associação com o Bonde.
GFM: Qual é o tipo de música? Falem do repertório…
Matias Zibecchi (percussão): O roteiro do show apresenta trilhas clássicas de filmes, mas com arranjos bem diferentes dos originais com influências regionais e latinas. O Cinebonde tem a marca musical do Bondesom, trabalho autoral dos músicos que tocam esse projeto paralelo.
André Poyart (guitarrista): Por exemplo, o tema de “Star Wars” no melhor estilo Luiz Gonzaga e o samba da Pantera Cor-de-Rosa. Não foi simplesmente colocar uma levada regional por trás da melodia original… a gente se reuniu para pensar como esta melodia se construiria no novo ritmo.
GFM: Com qual frequência vocês fazem show e em que tipo de casa?
AP: Atualmente, estamos fazendo shows em casas de show tradicionais, levando todo o aparato de telão, projeção, luz etc e adaptando à estrutura oferecida por cada lugar. Na verdade, não existe um lugar ideal que a gente imaginou para esse espetáculo… vamos armando nosso circo em qualquer casa. Já tocamos inclusive dentro de uma sala de cinema e foi o máximo!
Lucas Reis (teclado): Isso varia muito. No dia 24 de outubro, por exemplo, vamos tocar abrindo o festival de cinema de São Pedro da Serra, numa pracinha, ao céu aberto mesmo, no alto de uma colina, com a 1ª igrejinha de Nova Friburgo, construída em 1865, ao fundo.
GFM: Falem mais dos vídeos?
JG: A projeção mistura imagens ao vivo, que vêm das microcâmeras dos músicos, e imagens de um cinegrafista, que fica junto a eles no palco. A tela “separa” o público e os músicos. Seu contato é através da imagem.
GFM: Qual é a formação da banda?
AP: O Bondesom, que é a banda base do espetáculo é: André Poyart (guitarra), Gabriel Guenther (bateria), Lucas Reis (teclado), Matias Zibecchi (percussão), Pedro Mangia (baixo) e Yuri Villar (sax). Além da banda, o projeto também conta com Juliano Gomes (VJ), Miguel Lindenberg (câmera), Alessandro Boschini (iluminação), e a produção executiva do Thiago Vedova.
GFM: Tem tudo a ver tocar enquanto o Festival do Rio está rolando?
JG: Acho que sim. É bacana aproveitar este momento quando a cidade está transpirando cinema e trazer isso pro show. Nosso show mexe com memória dos filmes de cada um, memória tanto dos imagens quanto das trilhas. Então, acho que o público tem tudo pra estar imergir ainda mais na experiência do show.
Bondesom apresenta CINEBONDE: Qui (01/10) , às 22hs, no POSTO 8 (Av. rainha Elizabeth 769, Ipanema – 7675-7307). Ingresso: R$ 20 ou R$ 15 na lista amiga ([email protected]).