Banda Gurus lança terceiro disco com participação de Herbert Vianna

Posted by Chris Fuscaldo Category: Entrevistas Tag:
Banda Gurus: BG, Serginho, Guto e Gui (da esquerda para a direita)

Banda Gurus: BG, Serginho, Guto e Gui (da esquerda para a direita)

Formada por Guto Dufrayer (vocal e violão), Gui Tettamanti (bateria), B.G. Alex (guitarra e vocais) e Serginho Ferreira (baixo e vocais), a banda Gurus lança seu terceiro álbum com o auxílio luxuoso de Herbert Vianna. O vocalista do Paralamas do Sucesso emprestou sua voz para “A vida é um presente”, faixa de abertura de “Evolução”, que conta também com ao órgão de outro Paralama, o João Fera, em “A resposta”.

A banda emplacou, em 2003, a música “Até o fim do mundo” na trilha sonora de “Malhação”, da TV Globo. Um ano depois, o segundo disco do Gurus saiu do forno. “Evolução” chega às lojas com a faixa de trabalho, “Por você”, circulando como uma das dez mais tocadas em Blumenau e Florianópolis.

No disco, Marcelo Süssekind (Ana Carolina,Capital Inicial e Jota Quest) atua na direção e Carlos Maltz, baterista-fundador dos Engenheiros do Hawaii, é co-autor de quatro das 12 músicas que estão no CD. A mixagem ficou por conta do mestre Ronaldo Lima, que tem na bagagem um Grammy Latino.

Abaixo, uma breve entrevista exclusiva com o vocalista para o site GarotaFM:

GarotaFM: Vocês estiveram na trilha sonora de Malhação. Como foi estar em destaque na TV?

Guto Dufrayer: Fomos tema dos personagens centrais entre 2003 e 2004 (Luiza e Victor). Ter sido destaque foi uma coisa muito boa e, ao mesmo tempo, muito doida (risos). Deixa eu te explicar… Tínhamos um público de quatrocentas pessoas no sul do país, coisa de pubs etc. Coisa de dois meses, tocando todos os dias, pulamos para mil e duzentas pessoas por show. Foi um movimento que não esperávamos, mas foi bacana.

GFM: O que vocês esperam do som do Gurus? Público e espaços mais alternativos ou ganhar a grande mídia?

GD: Bem, por que esta diferença, né? Pergunto sempre isso. Por que o artista não pode ser popular e criativo ao mesmo tempo? Parece que uma banda “alternativa” pode ousar, fazer, misturar, inovar e a popular só pode reproduzir o que já está aí. Nós queremos poder mudar este estereótipo. Por isso escolhemos o caminho do “by myself”. Resumindo: queremos todo tipo de público que se emocione com o que cantamos.

GFM: O som é pop rock e o disco é muito bem produzido. O que ajudou, o tempo de estrada ou as companhias que a banda arrumou para o trabalho neste terceiro álbum?

GD: Obrigado pelo elogio, em primeiro lugar. Bem, o tempo de estrada é um fator importante, pois daí vem uma química muito boa entre a gente. Também é válido lembrar que as pessoas envolvidas neste álbum são pessoas “mágicas”. Termos tido a dupla Sussekind & Ronaldo mais uma vez com a gente foi muito bom.

GFM: Como é ter Herbert Vianna participando numa música do Gurus? Quem fez essa ponte e como foi a gravação?

GD: Como ele mesmo diria… “Acima das palavras, uma emoção muito mais forte.” Eu havia feito para ele esta música, mas não tive coragem de mostrar. Depois de eles gravarem “Brasil afora”, o que na minha opinião é o melhor disco do Paralamas do Sucesso, tomei fôlego e falei com o Helder, irmão dele. Juntos, o convidamos. Ele topou prontamente. Chegou no estúdio para tocar o solo do blues do final, mas ouviu e me pegou pelo braço dizendo: “Pô, Gutão, eu gostaria de cantar com você. Essa letra é muito bacana e com o mundo cheio de mágoas como está hoje, as pessoas deveriam ouvir esta música. Quem sabe eu cantando, não ajudo a chamar a atenção?!” Só não chorei porque não deu tempo.

GFM: E o Sussekind, como foi o trabalho dele no disco?

GD: Sussek já tinha produzido nosso primeiro álbum. Daí, neste, já tínhamos umas 18 ou 20 faixas gravadas quando fui até ele pedir para que fizesse a direção musical. Ou seja, ele ajudou a escolher repertório, amarrar mais o CD e foi um barato! Um clima maravilhoso no estúdio dele e do Ronaldo Lima, o Casa do Mato. Ele foi literalmente “duca”, ajustando tudo e dando ótimas idéias.

GFM: A única música que me parece um pouco fora do contexto é ‘Tire as mãos de mim’. No que ela foi inspirada?

GD: Eu sempre costumo “vomitar” as memórias das minhas angústias de adolescente, pois acho que não estão dando muito espaço para elas, um espaço para contestar o sistema, saca? Já vão dando o formatinho pronto e isto não ajuda no crescimento do indivíduo.

GFM: Todos vivem de músicas? Fale sobre cada um dos integrantes.

GD: Todos. Eu sou técnico de som, trabalhando hoje em dia com meus professores, os Paralamas do Sucesso. Nas horas vagas, produzo gente nova. O Gui, nosso batera, tem um ótimo estúdio de gravação (Studio 94). Serginho toca baixo com meio mundo, principalmente em gravações, e se a outra metade chamar, ele vai também (risos). O BG, que é um dos caras mais importantes da guitarra no Rio de Janeiro, é professor de coisas de web e também costuma gravar com outras turmas. Isso é muito legal, pois “refrigera” o ego de todos nós.

GFM: Como é estar nas rádios com ‘Por você’?

GD: É estar respirando de novo e poder trocar mais uma vez nossas emoções com uma galera por todo este país.

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