Depois do engarrafamento, os clássicos do Oasis

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos
Oasis no palco do Citibank Hall

Oasis no palco do Citibank Hall

Quinta-feira num Rio de Janeiro completamente engarrafado. A missão era gravar em vídeo uma entrevista com Caetano Veloso para o site d’O Globo. A diversão viria depois, no show do Oasis, no Citibank Hall. Caê foi objetivo, o que me poupou da ansiedade, afinal havia marcado de pegar o credenciamento antes das 21h30. Só que levei duas horas para ir de Botafogo (a filmagem rolou no Canecão) à Barra. Às 21h15, liguei para um amigo, que me colocou na linha com a assessora: “Não se preocupe. Não posso deixar a credencial, mas vou separar um convite para você pegar com a moça do camarote ímpar”. Ok. Relaxei. Ouvi todos os discos do carro, liguei para várias pessoas e, quando não tinha mais nada para fazer, fiquei matutando sobre como seria rever meus ídolos roqueiros da adolescência.

Chegando, cadê o convite? Não estava lá. Pedi para a “moça da porta” ver de novo. Nada. E a ansiedade começou a tomar conta de mim… Meia hora na porta e eis que vejo, na lista, o nome de uma amiga jornalista sem estar riscado. Liguei para saber se ela estava presa no engarrafamento: “Estou na pista VIP, na frente do palco, do lado esquerdo”. “Putz”, pensei, “ela deve ter entrado com o meu convite, por engano.” Rapidamente, bolei um plano e consegui que a loirinha liberasse o convite dela para mim.

Ufa! Vamos falar do espetáculo? Na verdade, acho melhor não… Perdi mais ou menos 45 minutos do show que mais quis ir este ano… Pelo menos os clássicos, não perdi. Do camarote (ímpar), assisti à sequência que tinha, entre outras, “Wonderwall”. Adorei! Lembrei de quando vi o Oasis pela primeira vez, em 1998, naquele mesmo palco (mas ainda como Metropolitan). Como foi emocionante aquela minha primeira vez…

Mas a segunda vez foi melhor, né. Eu era estagiária da rádio JB FM quando eles vieram ao Brasil para o show no Rock in Rio 3. Claro que fui e claro que amei. Mas o melhor foi a ressaca, que curti frente a frente com Noel Gallagher. Na hora do almoço, no tradicional bandejão do JB, um amigo importante na “firma” me confidenciou: “Os irmãos Gallagher vêm aí.” Não acreditei. Por volta das 14h, de mochila nas costas, seguindo pelo corredor, dei de cara com Noel: acompanhado de uma entourage enorme, o guitarrista encaminhava-se sem o irmão para o estúdio da rádio Cidade, que transmitiria uma entrevista ao vivo com ele. Quase desmaiei! Pedi pelo amor de Deus ao pessoal da técnica para me deixar entrar no aquário. Com um vidro separando a gente, mas a menos de dois metros dele, assisti ao bate papo e à canja chorando. Nunca me esqueço: ele tocou “Don’t Look Back in Anger”.

Quando Noel fez seu solo com esta mesma música, nesta quinta, no Citibank Hall, a lembrança de um dos melhores momentos dos meus tempos de estágio veio à tona. E, depois, teve ainda “Champagne Supernova”, primeira música que ouvi da banda de Manchester. Parecia que, sabendo do meu sofrimento, eles resolveram disparar clássicos que amoleceriam meu coraçãozinho endurecido pelo engarrafamento carioca.

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